segunda-feira, 15 de setembro de 2014

PAULO SETÚBAL


Terceiro ocupante da Cadeira 31, eleito em 6 de dezembro de 1934, na sucessão de João Ribeiro e recebido pelo Acadêmico Alcântara Machado em 27 de julho de 1935.

Paulo Setúbal (P. S. de Oliveira) [sic], advogado, jornalista, ensaísta, poeta e romancista, nasceu em Tatuí, SP, em 1º de janeiro de 1893, e faleceu em São Paulo, SP, em 4 de maio de 1937.

Órfão de pai aos quatro anos, sua mãe cuidou sozinha de nove filhos pequenos. Ela colocou o pequeno Paulo como interno no colégio do seu Chico Pereira e começou a trabalhar para viver e sustentar os filhos. Transferindo-se com a família para São Paulo, o adolescente Paulo entrou para o Ginásio Nossa Senhora do Carmo, dos irmãos maristas, onde estudou durante seis anos. Aí começou o interesse pela literatura e pela filosofia. Leu Kant, Spinoza, Rousseau, Schopenhauer, Voltaire e Nietzsche. Na literatura, influenciou-o sobretudo a leitura de Guerra Junqueiro e Antero de Quental. Muitas passagens do seu primeiro livro de poesias, Alma cabocla, lembram a Musa em férias de Guerra Junqueiro.

Esse período de sua vida é de franco e desenfreado ateísmo. Fez o curso de Direito em São Paulo. Ainda freqüentava o 2º ano quando decidiu fazer-se jornalista. Era a época da campanha civilista quando foi procurar emprego no diário A Tarde. Lá ingressou como revisor; logo a seguir, a publicação de uma de suas poesias naquele jornal deu-lhe notoriedade imediata, e ele ganhou sua primeira coluna como redator. Já nessa época começava a sentir os sinais da tuberculose que iria obrigá-lo a freqüentes interrupções no trabalho, para repouso.

Concluído o curso de Direito em 1915, iniciou carreira na advocacia em São Paulo. Em 1918, devido à gripe espanhola, Paulo Setúbal partiu para Lages, em Santa Catarina, onde morava o irmão mais velho, e lá tornou-se um advogado bem-sucedido. Levava, porém, uma vida dissoluta, às voltas com mulheres e com o jogo. Cansado de tudo, voltou para São Paulo, e também lá se estabeleceu como advogado.

Iniciou-se, então, a principal fase de sua produção literária, que o levaria a ser o escritor mais lido do país. Destaca-se, especialmente, pelo gênero do romance histórico, com A marquesa de Santos (1925) e O príncipe de Nassau (1926). Sabia como romancear os fatos do passado, tornando-os vivos e agradáveis à leitura. Os sucessivos livros que escreveu sobre o ciclo das bandeiras, a começar com O ouro de Cuiabá (1933) até O sonho das esmeraldas (1935), tinham o sentido social de levantar o orgulho do povo bandeirante na fase pós-Revolução constitucionalista (1932) em São Paulo, trazendo o passado em socorro do presente.

Em 1935, Paulo Setúbal chegou ao apogeu, sendo consagrado pela Academia Brasileira de Letras. Mas, nesse mesmo 1935 ele ingressa em nova fase da crise espiritual que vinha de longe e que terá repercussão em sua literatura. O temperamento sociável, expansivo e alegre; o freqüentador de festas e reuniões dava lugar ao homem introspectivo, vivendo apenas cercado da família e dos amigos mais próximos. Aos problemas crônicos de saúde acrescentava-se a minagem psicológica ocasionada pela desilusão com os rumos da política e consigo mesmo. Entrou a freqüentar fervorosamente a igreja da Imaculada Conceição, perto de sua residência em São Paulo, e a ler a Bíblia e livros como a Psicologia da fé e A imitação de Cristo. É quando escreve o Confíteor, livro de memórias, a narrativa de sua conversão, que ficou inacabado.

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Nota: Na biografia da Academia Brasileira de Letras há um equívoco: deveria constar P. de O. Setúbal (Paulo de Oliveira Setúbal) e não P. S. de Oliveira.

Os Setúbal, de Tatuí

Escrito por José Maria dos Santos

Foto: Paulo (no alto), Olavo, Roberto e Maria Alice Setúbal. / Reprodução

DIÁRIO DO COMÉRCIO - As comemorações de 90 anos do Grupo Itaú estão fazendo emergir a figura do escritor Paulo Setúbal (1893-1937). Na sua cidade, Tatuí, a 131 km da Capital, ele mereceu um museu ao qual emprestou o nome, que guarda, entre outros pertences pessoais, o seu fardão de imortal da Academia Brasileira de Letras. Os cerca de 5 mil visitantes mensais à casa mostram que Paulo não foi esquecido. No entanto, com certeza, é bem menos conhecido do que seu filho, Olavo Setúbal (1923- 2008), prefeito de São Paulo (1975-79) e ex-chanceler, mas, sobretudo, respeitado por haver dirigido e expandido às alturas o Grupo Itaú.

Paulo é um escritor de várias facetas, mas se destacou particularmente nos romances históricos. A Marquesa de Santos e As maluquices do Imperador que narram saborosamente as aventuras pessoais e políticas de Dom Pedro I. E aqui é justo destacar a sensibilidade do escritor em deitar luzes sobre essa curiosa personagem que gostava de tocar bombardino e que, disfarçado, ia praticar sua música em ronda noturna pelos botequins do Rio de Janeiro. Esses livros abriram espaço no Brasil para esse seguimento contemporâneo da historiografia que trata da história do cotidiano, bem representado pelo jornalista Laurentino Gomes. Graças a ele, figuras como Chalaça, assessor para assuntos femininos e boêmios do imperador ou a própria marquesa, Domitila de Castro, deixaram o anonimato para se transformar até em bons filmes.

O Grupo Itaú – que possui duas agências em Tatuí – poucas relações tem com a cidade. Porém, a família Setúbal se faz presente. É ela que patrocina a Semana Paulo Setúbal, iniciada a cada ano em 11 de agosto, com programação variada e concurso literário. "Eles sempre têm contato com Tatuí", informa Jorge Rizek, 63 anos, diretor-cultural da Prefeitura e responsável pelas atividades da Semana. A propósito, Olavo teve sete filhos com Tide Setúbal, dos quais se destacam dois pelo protagonismo: Roberto, atual dirigente do grupo e a educadora Maria Alice, a Neca, que está bem falada no momento por ser coordenadora do programa de governo de Marina Silva.

domingo, 10 de agosto de 2014

PAULO SETÚBAL

FACULDADE PAULO SETÚBAL

Nasceu em Tatuí, no dia 1º de janeiro de 1893. Filho de Antonio de Oliveira Leite Setúbal e Tereza Nobre Setúbal. Iniciou os estudos na escola particular de Chico Pereira em Tatuí, onde depois frequentou o grupo escolar.

Ingressou depois na Faculdade de Direito de São Paulo, bacharelando-se em 1914. Segundo-anista de Direito, começou a trabalhar na imprensa, como revisor do jornal “A Tarde”, que veio a publicar com destaque, uma de suas poesias. Reuniu os amigos num bar para comemorar o acontecimento. No dia seguinte, amanheceu doente. Chamado o médico, este verificou que o caso era grave. Teve de procurar repouso em Tatuí, indo, posteriormente, para Campos do Jordão. Quando da gripe espanhola, foi acometido de nova crise, desta vez mais séria. O organismo, porém reagiu, e ele pode entregar-se às letras, seguindo sua vocação de poeta e historiador.

Escritor desde os primeiros tempos de estudante, colaborou em quase todos os jornais e revistas literárias da época, de São Paulo e do Rio de Janeiro. Escrevia notadamente para a revista paulistana “A Cigarra”. Entre os jornais que contaram com sua colaboração mais assídua, figuram o “Diário Popular”, o “Estado de São Paulo” e o “Jornal do Comércio”. Seu livro de estréia foi “Alma Cabocla”, lançado em 1920. Em 22 de junho de 1922, casou-se com Francisca de Souza Aranha, filha do Senador Olavo Egydio Aranha, com quem teve três filhos: Olavo Egydio (ex-prefeito de São Paulo), Maria Vicentina e Terezinha. O casamento aumentou-lhe a segurança e a prosperidade. Sua esposa foi, além de companheira num lar feliz, a inspiradora, a secretária, a revisora de suas obras, de quem passou a ser, sempre, a primeira leitora, a crítica, a confidente.

De posse do diploma de bacharel em Direito, exerceu, por algum tempo, o cargo de Promotor Público da Capital, que, logo a seguir, trocou pelo de advogado, tendo trabalhado no fôro paulista até 24 de fevereiro de 1928, quando foi eleito deputado estadual. Reeleito na legislatura subseqüente, acabou abandonando inteiramente a política, para consagrar-se somente à literatura. Dedicou-se a partir deste instante de sua vida literária à romanceação dos episódios mais interessantes da história do Brasil. O livro “A Marquesa de Santos” marca o ponto de partida de romances e ensaios dessa natureza. Registra a história que esse romance alcançou a tiragem de 50 mil exemplares, transpondo fronteiras e sendo traduzido para o francês, o árabe, o inglês, o russo, o croata, etc. “O Príncipe de Nassau”, que apareceu mais tarde, teve, também, sucessivas tiragens, sendo vertido para a língua holandesa. Paulo Setúbal fez várias viagens á Europa.

Em 1937, ano que publicou “Confiteor” (grande parte escrito em São José dos Campos), seu estado de saúde piorou muito, irremediavelmente. Paulo Setúbal era membro da Academia Brasileira de Letras (eleito em 1934, para a vaga deixada por João Ribeiro, foi recebido em 27 de julho de 1935, pelo acadêmico Alcântara Machado.), da Academia Paulista de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, do Instituto Histórico e Geográfico de Ouro Preto, do Instituto Histórico e Arqueológico de Pernambuco, etc. Paulo Setúbal faleceu, em São Paulo, em 04 de maio de 1937.

Deixou várias obras: Alma Cabocla, A Marquesa de Santos, O Príncipe de Nassau, A Bandeira de Fernão Dias, As Maluquices do Imperador, Nos Bastidores da História, O Ouro de Cuiabá, Os Irmãos Leme, El-Dorado, O Romance da Prata, O Sonho das Esmeraldas, Ensaios Históricos e Confiteor.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

OS COLONOS

Lá vem o dia apontando...
Que afã ! Já todos de pé !
Ruidosos, tagarelando,
Vão os colonos em bando
Para os talhões de café.

À luz do sol que amanhece,
Por montes, por barrocais,
Por toda parte esplandece,
Com sua explêndida messe,
O verde dos cafezais !

Começa o rude trabalho.
Que faina honrada e feliz !
Inda molhada de orvalho,
Flamejam em cada galho,
Os bagos como rubis.

Trabalham. Que ardor de mouro !
Todos derriçam café.
Parece um rubro tesouro,
Que cai numa chuva de ouro,
Dos ramos de cada pé.

Ao meio dia, aos ardores
Do alto sol canicular,
Os rudes trabalhadores,
Ao longo dos corredores,
Põem-se todos a cantar.

Pela dormência dos ares,
Sob estes céus cor-de-anil,
Cantam canções populares,
Que lá dos seus velhos lares,
Trouxeram para o Brasil.

Aqui, um forte italiano,
Queimado ao sol do equador,
Solta aos ventos, belo e ufano,
Num timbre napolitano,
A sua voz de tenor !

Há uma terna singeleza
Nas trovas que outro diz;
Um rapagão de Veneza
Tem, no seu canto, a tristeza
Das águas do seu país.

E uma sanguínea espanhola,
De grandes olhos fatais,
Em baixa voz cantarola
Uns quebros de barcarola,
Magoados, sentimentais...

Que cantem !... Essa cantiga,
Brotada do coração,
Seja a prece que bendiga
A terra que hoje os abriga,
A pátria que lhes dá o pão.


(Alma Cabocla)

A Marquesa de Santos


quarta-feira, 23 de julho de 2014

O Sonho das Esmeraldas


A FORASTEIRA

Dissera-me o barbeiro da vilota,
Que essa elegante, essa gentil devota,
Que frequentava assim as ladainhas,
Também quisera, em busca de bons ares,
Passar o mês das férias escolares,
Na mesma terra onde eu passava as minhas.

E ali, na vila, nessa pobre aldeia,
Tão incolor, tão rústica, tão feia,
Povoada de caboclos indigentes,
A forasteira, com seu ar touriste,
Com seu chapéu de plumas, com seu chiste,
Chocava o povo e deslumbrava as gentes!

E eu, que vivia a padecer nesse ermo,
A definhar-me, torturado e enfermo,
Nas nostalgias dessa vila odiosa,
Eu bem sentia, ao ver essa estrangeira,
Que na minh'alma, pela vez primeira,
Brotara a flor duma paixão furiosa...

terça-feira, 22 de julho de 2014

A Marquesa de Santos


DESPEDIDA

Com que desdém, quando partiste,
Tu me fitaste e eu te fitei!
Olhamo-nos ... Sorri. Sorriste.
E ali, sem uma frase triste,
Tu me abraçaste e eu te abracei.
Que frio adeus! Que despedida!
Nem te mostraste comovida,
Nem comovido eu me mostrei...

Sem um soluço, sem um pranto,
Tu me deixaste e eu te deixei ...
Mas hoje vemos com que espanto!
Que nunca tu choraste tanto,
Que tanto assim nunca chorei,
Como nesse áspero minuto,
Em que a sorrir ... de olhar enxuto,
Tu me abraçaste e eu te abracei!

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Canção

Versos de Paulo Setúbal
Música de Marcello Tupynambá

Fosse eu um pobre, um trôpego ceguinho
Na vida errante a caminhar
Na vida errante a caminhar
Sem um bordão pelo caminho
Sem um rapaz a me guiar

Fosse eu privado pela sorte
A nunca de ver o céu, de ver o mar,
E nunca houvesse eu visto nunca
Tua beleza singular

Que certamente eu não teria tanto
Com tanto fel tanto pesar
Com tanto fel tanto pesar
Meu coração lavado em pranto
Lavado o meu olhar

Marcello Tupynambá - Canção (letra de Paulo Setúbal e interpretação de Raíssa Bisinoto e Alexandre Dias)


Gilberta, aos 88 anos, declamando uma poesia de Paulo Setúbal. Enviado em 01/11/2010



Vida em Poesia - Paulo Setúbal

Os Irmãos Leme


SONETO

Vendo-a passar assim, tão meiga e pura,
Cheia de graça, tímida e singela,
Cuidai que essa criança doce e bela
É a candidez tornada criatura?

Andais assim tão recatado ao vê-la
Que esses olhos de esplêndida negrura
Macios como asas de gazela,
Nunca arderam de amor e de ventura.

No entanto, vendo às tardes, essa diva,
Vendo essa deusa triste e pensativa,
Brincar com os seus cabelos anelados,

Sabeis o que faz essa criatura linda?
Revolve as cinzas, tépidas ainda,
De um rosário de ardente namorados.

domingo, 20 de julho de 2014

Paulo Setúbal: Romancista e Poeta - Encontros

Enviado em 09/03/2009 Trecho do documentário de Roberto Moreira que registra a vida e a obra do escritor Paulo Setúbal. Faz parte da série de DVDs Encontros do Itaú Cultural sobre artistas e outras personalidades da história do Brasil.

Paulo Setúbal


Discurso de Posse na Academia Brasileira de Letras

DISCURSO DO SR. PAULO SETÚBAL


SENHOR Presidente,
Senhores Acadêmicos,

Para mim, que sempre vivi e escrevi no meu Estado natal, longe do fanfarreio gritante das gazetas e das rodas literárias da metrópole, não podia suceder paga maior do que a paga que me concedestes: ser galardoado com a mercê, alta e insigne, de membro da Academia Brasileira de Letras. Esta noite, portanto, senhores Acadêmicos, em que me abris festivamente o pórtico da Casa de Machado de Assis, o pórtico de vossa casa, isto é, da casa em que mora a mais nobre e a mais alevantada intelectualidade do país, esta noite, quero acentuá-lo prazerosamente aqui – é a grande noite fulgurante da minha desvaidosa carreira de letras. Não sei se foi, apertadamente, na vossa justiça, ou, complacentemente, na vossa generosidade, que vós decidistes dar-ma. Sei apenas que, assim o decidindo, vós me coroastes com as vossas mãos consagradoras; e eu vos agradeço, senhores Acadêmicos, eu vos agradeço aqui, no limiar desta festa, essa coroa de louros tão envaidecedora, com que premiastes o escritor da província.

Mas deixai também, meus Senhores, nesta linda hora risonha, em que as emoções mais íntimas se atropelam dentro de mim, deixai que, mal acabe de vos agradecer, eu me ausente precipitado destas galas. Sim, deixai que meu coração voe para longe daqui, fuja para a minha estremecida cidade de São Paulo, e lá, comovido e respeitoso, penetre por um momento, muito de manso, numa casa modesta de bairro sem luxo. Nessa casa, a estas horas, nesta mesma noite, está uma velha toda branca, oitenta anos, corcovada, com o seu rosário de contas já gastas, a rezar diante da Virgem pelo filho acadêmico. Pelo filho que ela, a viúva corajosa, ramo desajudado, mas altaneiro, de família opulenta, criou, educou, fez homem – Deus sabe com que sacrifícios e com que ingentes heroísmos obscuros! Deixai pois, senhores Acadêmicos, que o meu coração voe para a casa modesta do bairro sem luxo, entre o quarto do oratório, ajoelhe-se diante da velha branquinha, beije-lhe as mãos, e, na brilhante noite engalanada deste triunfo, diga-lhe por entre lágrimas:

– Minha mãe, Deus lhe pague!

Bibliografia

Obras: Alma cabocla, poesia (1920); A marquesa de Santos, romance-histórico (1925); O príncipe de Nassau, romance histórico (1926); As maluquices do Imperador, contos-históricos (1927); Nos bastidores da história, contos (1928); O ouro de Cuiabá, história (1933); Os irmãos Leme, romance (1933); El-dourado, história (1934); O romance da prata, história (1935); O sonho das esmeraldas (1935); Um sarau no Paço de São Cristóvão, teatro (1936); A fé na formação da nacionalidade, ensaio (1936); Confíteor, memórias (1937).

À MINHA MÃE

(No dia de seus anos)

Eu, minha Mãe, que neste mundo inteiro,
Colhi somente venenosas flores,
Quero, ao teu lado, amigo e verdadeiro,
Seguir-te os passos, mitigar-te as dores.

Quero dormir meu sono derradeiro,
Na mesma campa em que dormir tu fores,
Ser teu leal, teu certo companheiro
Nesse país de sombras e pavores ...

É que eu, oh minha Mãe e meu carinho,
Bendigo a mão que em minha estrada planta
Fundos pesares do mais fundo espinho.

Só por sentir que me perfuma e encanta,
— Única rosa aberta em meu caminho
— O teu amor de Mãe piedosa e Santa!

Paulo Setúbal (por Antonio Miranda)

Paulo Setúbal - Academia Brasileira de Letras

Paulo Setúbal


Biblioteca Paulo Setúbal - Temática em Literatura Policial

Biblioteca Paulo Setúbal, São Paulo (SP)

Dedicatória