tag:blogger.com,1999:blog-19080071862784631662024-02-18T21:32:08.960-08:00Blog de Paulo SetúbalO escritor brasileiro mais lido de seu tempoRubens Oficialhttp://www.blogger.com/profile/13706515017729822889noreply@blogger.comBlogger49125tag:blogger.com,1999:blog-1908007186278463166.post-26301390837582673272023-08-29T19:23:00.003-07:002023-08-29T19:24:46.381-07:00Memorial de Cleonice Berardinelli guarda relíquia de Paulo Setúbal<div style="font-size: x-large;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiuJq6HaAtz4hMi9IAeI4vlcErkoTpov3J3TahsS6UpjuIYvDUUPsn3Jyt-FAGyobvlb8cBDQqclNj_xLueaHtZjCIyNFl7c_0rU4pZFLYYbYA0f0jJCbiObfuGnJxcYGmj59ju4JrGp1ORsPGpJzw5fUslDOf6go9-zJukjT7mdzCfymKFqoketRdQqM/s1140/Cleonice%20Berardinelli,Guilherme%20Gon%C3%A7alves,ABL,Divulga%C3%A7%C3%A3o.2023.webp" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1140" height="404" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiuJq6HaAtz4hMi9IAeI4vlcErkoTpov3J3TahsS6UpjuIYvDUUPsn3Jyt-FAGyobvlb8cBDQqclNj_xLueaHtZjCIyNFl7c_0rU4pZFLYYbYA0f0jJCbiObfuGnJxcYGmj59ju4JrGp1ORsPGpJzw5fUslDOf6go9-zJukjT7mdzCfymKFqoketRdQqM/w640-h404/Cleonice%20Berardinelli,Guilherme%20Gon%C3%A7alves,ABL,Divulga%C3%A7%C3%A3o.2023.webp" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cleonice Berardinelli (Foto: Guilherme Gonçalves / ABL / Divulgação</td></tr></tbody></table><br /><div style="font-size: x-large;"><br /></div><div><span style="font-size: medium;">29/08/2023 | O Real Gabinete Português de Leitura, no Centro, inaugurou nesta segunda (28) o Memorial Cleonice Berardinelli, em homenagem à imortal da ABL e especialista em literatura portuguesa, no dia em que se comemoraram os 107 anos de seu nascimento. </span></div><div><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div><div><span style="font-size: medium;">Morta em janeiro deste ano, Cleonice Berardinelli (1916-2023), que frequentou o local constantemente entre 1947 e 2014, deixou parte do seu acervo para a instituição. São elementos biográficos (como fotos, cartas e objetos pessoais) e profissionais (como estudos, livros e prêmios), agora abrigados na Galeria dos Estuques, no segundo andar de um prédio anexo. </span></div></div><div><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div><div><span style="font-size: medium;"><b>Entre as relíquias, está o programa de um espetáculo de Paulo Setúbal, encenado no Teatro Municipal de São Paulo em 1926, em celebração ao centenário da imperatriz Lepoldina. A futura professora e pesquisadora, então com 10 anos, interpretou D. Maria da Glória, filha da monarca, e aparece numa foto em preto e branco.</b> </span></div><div><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><div><span style="font-size: medium;">Leia mais em: <a href="https://vejario.abril.com.br/programe-se/cleonice-berardinelli-imortal-memorial-real-gabinete">https://vejario.abril.com.br/programe-se/cleonice-berardinelli-imortal-memorial-real-gabinete</a></span></div></div>Rubens Oficialhttp://www.blogger.com/profile/13706515017729822889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1908007186278463166.post-49425908779224697422023-06-14T17:00:00.007-07:002023-06-14T17:00:57.698-07:00100 anos de Ursulino Leão: jurista, político e poeta<span style="font-size: x-large;">A inicialmente mencionada linha tênue, se é que podemos chamá-la assim, se deve ao fato de que tanto Ursulino Leão, quanto <b>Paulo Setúbal</b>, ao que se diz, conseguiram prever a própria morte.</span><div><br /><span style="font-size: medium;">Por Thiago Aguiar de Pádua, no <a href="https://www.migalhas.com.br/depeso/388112/100-anos-de-ursulino-leao-jurista-politico-e-poeta" target="_blank">Migalhas</a><br /><br />13/06/2023 | Uma tênue linha imaginária de eventos liga a imortalidade ao escritor Ursulino Tavares Leão, poeta que ocupou a Cadeira XXIII da Academia Brasiliense de Letras - ABrL, a Cadeira XX da Academia Goiana de Letras, a Cadeira XXVIII da Academia Goiana de Letras Jurídicas, e que também foi o grande artífice criador e membro da Academia Crixaense de Letras.<br /><br />Ursulino faleceu em 2018 e, se vivo estivesse, completaria 100 em 2023, embora alguns registros mencionem data distinta.<br /><br />Foi advogado, Procurador do Estado de Goiás, e político, tendo sido ocasionalmente governador daquela unidade da federação, mas foi, antes de tudo, escritor e amigo das letras, alguém que publicou muitos e variados livros.<br /><br />Seu último opúsculo, publicado após seu falecimento, traduz muito de seu espírito. Intitulado "Confiteor", a obra professa e consagra seu conservadorismo político e sua fidelidade católica, desde os preceitos reitores de seu humanismo.<br /><br />Curiosamente, de fato, o mesmo título ("Confiteor") foi lançado por Paulo Setubal (1893-1937), igualmente em livro póstumo levado à cabo poucos meses após seu falecimento. Escritor e jurista, foi o terceiro ocupante da Cadeira XXXI da Academia Brasileira de Letras, cujo patrono foi Pedro Luis (1839-1884), aquele que teve a honra de ser chefe de Machado de Assis quando ocupou o cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros, acumulando a pasta dos Negócios da Agricultura.<br /><br />A inicialmente mencionada linha tênue, se é que podemos chamá-la assim, se deve ao fato de que tanto Ursulino Leão, quanto Paulo Setúbal, ao que se diz, conseguiram prever a própria morte, e assim conseguiram envidar esforços para lançar obras póstumas com o teor similar de suas "confissões".<br /><br />Seguramente podem estar ocupando o mesmo canto do paraíso das letras jurídicas, se invocarmos aqui a imagem cunhada por Rudolf von Jhering em "Im juristichen Begriffshimmel: Ein Phantastiebild" (in: Scherz Und Ernst In Der Jurisprudenz, 1884), e podem estar, inclusive, colhendo (e provocando) outras confissões, nos diversos sentidos etimológicos e teológicos que ambos invocaram em suas obras póstumas. Aqui, a licença poética para a urdidura dos fios da suposta linha imaginária.<br /><br />No entanto, não obstante o pretexto desta breve homenagem por ocasião do centenário de Ursulino Tavares Leão, fica mais que sugerido às novas gerações o conselho para que garimpem suas obras, escrutinem seus textos e mergulhem em suas conexões poéticas. Falo de sentimento próprio, por ser seu sucessor na cadeira XXIII da ABrL, e sobre quem pude conhecer minimamente ao pronunciar discurso de posse relembrando parte de sua obra.<br /><br />Além disso, claro, queda incontornável a (inescapável) sugestão para que as instituições a que pertenceu Ursulino possam realizar variados eventos em sua homenagem, quebrando a calmaria da eternidade, tornando estridente o som do silêncio!<br /><br /><b>Thiago Aguiar de Pádua</b><br />Doutor em direito. Professor da Faculdade de Direito da UnB. Ex-assessor de ministro do STF. Autor do livro "O Common Law Tropical: o caso Marbury"(2023). Sócio de Aguiar de Pádua & Lima Advogados.<br /><br />(Do Migalhas: <a href="https://www.migalhas.com.br/depeso/388112/100-anos-de-ursulino-leao-jurista-politico-e-poeta">https://www.migalhas.com.br/depeso/388112/100-anos-de-ursulino-leao-jurista-politico-e-poeta</a></span></div>Rubens Oficialhttp://www.blogger.com/profile/13706515017729822889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1908007186278463166.post-46590911849122111682023-02-08T19:20:00.001-08:002023-02-08T19:20:13.760-08:00PEDRO I: 11 LIVROS PARA QUEM DESEJA CONHECER SUA HISTÓRIA<span style="font-size: x-large;">Confira livros sobre D. Pedro I para garantir na estante</span><br /><br /><span style="font-size: medium;">Do site <a href="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/vitrine/pedro-i-11-livros-para-quem-deseja-conhecer-sua-historia.phtml" target="_blank">Aventuras na História</a>, publicado em 07/02/2023</span><div><span style="font-size: large;"><br /></span><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="359" src="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/media/_versions/amazon/pedro_i_11_livros_para_quem_deseja_conhecer_sua_historia_widemd.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="640" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: start;">Reprodução/Amazon</span><br style="font-size: x-large; text-align: start;" /></td></tr></tbody></table><br /><span style="font-size: large;"></span><div><br /><span style="font-size: medium;">Se você se interessa pelo período Imperial da história do Brasil, está no lugar certo! Selecionamos 11 obras sobre o tema e sobre a vida de D. Pedro I para você conferir e garantir na estante. <br /><br />Olha só:<br /><br />1. D. Pedro: a história não contada, de Paulo Rezzutti: <a href="https://amzn.to/3Xana7n">https://amzn.to/3Xana7n</a></span></div><div><br /></div><div><span style="font-size: large;"></span><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="400" src="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/media/uploads/amazon/d_pedro_historia_nao_contada.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="267" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: start;">Reprodução/Amazon</span></td></tr></tbody></table><br /><br /><span style="font-size: medium;">2. D. Pedro: imperador do Brasil e rei de Portugal, de Eugénio dos Santos: <a href="https://amzn.to/3x5Lmgx">https://amzn.to/3x5Lmgx</a></span></div><div><br /></div><div><span style="font-size: large;"></span><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="400" src="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/media/uploads/amazon/d_pedro_imperador_do_brasil.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="278" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: start;">Reprodução/Amazon</span><br style="text-align: start;" /></td></tr></tbody></table><br /><br /><br /><span style="font-size: medium;">3. D. Pedro I: entre o Voluntarismo e o Constitucionalismo: <a href="https://amzn.to/3lhFBK6">https://amzn.to/3lhFBK</a><a href="https://amzn.to/3lhFBK6">6</a></span></div><div><span style="font-size: x-large;"><br /></span></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img src="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/media/uploads/amazon/d_pedro_voluntarismo.jpg" style="font-size: x-large; margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: start;">Reprodução/Amazon</span></td></tr></tbody></table><div><span style="font-size: x-large;"> </span></div><div><br /><span style="font-size: medium;">4. Titília e o Demonão: a história não contada, de Paulo Rezzutti: <a href="https://amzn.to/3RIfMin">https://amzn.to/3RIfMin</a></span></div><div><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="400" src="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/media/uploads/amazon/titilia_e_o_demonao.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="267" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: start;">Reprodução/Amazon</span><br style="font-size: x-large; text-align: start;" /></td></tr></tbody></table><div><br /><br /><span style="font-size: medium;">5. Às margens do Ipiranga, de Rodrigo Trespach: <a href="https://amzn.to/3YbDRkn">https://amzn.to/3YbDRkn</a></span></div><div><br /></div><div><span style="font-size: large;"></span><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="400" src="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/media/uploads/amazon/as_margens_do_ipiranga_mH5kk9l.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="265" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: start;">Reprodução/Amazon</span></td></tr></tbody></table><br /><br /><span style="font-size: medium;">6. Histórias não (ou mal) contadas: revoltas, golpes e revoluções no Brasil, de Rodrigo Trespach: <a href="https://amzn.to/40C3Wue">https://amzn.to/40C3Wue</a></span></div><div><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="400" src="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/media/uploads/amazon/historias_nao_ou_mal_contadas.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="270" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: start;">Reprodução/Amazon</span><br style="text-align: start;" /></td></tr></tbody></table><div><br /><br /><span style="font-size: medium;"><b>7. As maluquices do imperador: 1808 - 1834, de Paulo Setúbal:</b> <a href="https://amzn.to/40Fv37E">https://amzn.to/40Fv37E</a></span></div><div><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="400" src="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/media/uploads/amazon/maluquices_do_imperador.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="267" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: start;">Reprodução/Amazon</span></td></tr></tbody></table><div><br /><br /><span style="font-size: medium;">8. D. Pedro I, de Isabel Lustosa: <a href="https://amzn.to/3llOWR2">https://amzn.to/3llOWR2</a></span></div><div><span style="font-size: large;"><br /></span><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="400" src="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/media/uploads/amazon/d_pedro_1.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="258" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: start;">Reprodução/Amazon</span></td></tr></tbody></table><br /><span style="font-size: large;"></span><br /><span style="font-size: medium;">9. 1824, de Rodrigo Trespach: <a href="https://amzn.to/3Yc1Rn7">https://amzn.to/3Yc1Rn7</a><br /></span><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="400" src="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/media/uploads/amazon/1824_avtbA3m.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="267" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: start;">Reprodução/Amazon</span></td></tr></tbody></table><br /><br /><span style="font-size: medium;">10. Pedro I: compositor inesperado, de Ricardo Cravo Albin: <a href="https://amzn.to/3YwoRgr">https://amzn.to/3YwoRgr</a></span></div><div><span style="font-size: large;"><br /></span></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="400" src="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/media/uploads/amazon/pedro_1.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="273" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: start;">Reprodução/Amazon</span><br style="text-align: start;" /></td></tr></tbody></table><div><br /></div><div><br /><br /><span style="font-size: medium;">11. O coração do rei, de Iza Salles: <a href="https://amzn.to/40x6mul">https://amzn.to/40x6mul</a></span></div><div><br /></div><div><span style="font-size: large;"></span><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="400" src="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/media/uploads/amazon/coracao_do_rei.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="268" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: start;">Reprodução/Amazon</span><br style="text-align: start;" /></td></tr></tbody></table><br /><br /><span style="font-size: medium;">Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data de publicação deste post. 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Pedro I, a figura histórica que formalmente concebeu o desligamento político do Brasil da metrópole portuguesa, cujo vínculo naquela altura durava 322 anos, ao proclamar e assinar o ato em que comunicava à corte portuguesa e ao mundo o desfazimento do vínculo da dependência que nos unia. Era um ato de coragem política e pessoal, que teria, como teve, consequências, mas já aguardado.<br /><br />Do meu ponto de vista, não vejo, entre nós, ser dado a Pedro de Alcântara os créditos pelo seu ato, que o fez pôr em risco seu direito à coroa do milenar reino de Portugal e Algarve, como realmente ocorreu – que talvez não pretendesse para si, mas que a sucessão se desse por seus filhos – , tendo que obrigá-lo, em 1831, a retornar à Europa, promover uma guerra contra seu irmão Miguel, vencê-la, ocupar o trono com o título de Pedro IV, abdicar em favor de sua filha mais velha Maria da Glória, que governou aquele país por 19 anos, com o título de Maria II.<br /><br />Feito esse preambulo, voltemos ao coração do Pai. Debilitado pelas guerras – o nosso e deles – Pedro, faleceu em 1834, aos 35 anos, no Palácio de Queluz, onde havia nascido. Por seu desejo expresso, seu coração foi levado e mantido na cidade do Porto. E é com fulcro nessa relíquia histórica que se desenvolve o restante dessa crônica.<br /><br />Na minha juventude, os estudos de História eram feitos sobre vultos que pareciam não terem vidas reais, apenas existirem nos livros e darem as caras em datas a serem memorizadas para as provas de final de ano. <b>Na adolescência, um amigo de escola emprestou-me um livro sobre a vida do nosso Imperador, que me fez cair em mim, e entender que as pessoas, mesmo as mais altas da hierarquia, são humanas, com suas fraquezas, necessidades e idiossincrasias. “Maluquices do Imperador”, de Paulo Setúbal, me apresentou ao jovem príncipe que escandalizou o Rio de Janeiro no início do século XIX, onde se abrigava com a família que fugira de Napoleão.</b><br /><br />Nos prolegômenos da independência, quando a corte portuguesa exigia o retorno do príncipe rebelde, sua esposa Leopoldina de Habsburgo e José Bonifácio de Andrada e Silva, que entrou para a História com o justo título de Patriarca da Independência, ambos com vivências em culturas desenvolvidas, prestaram ao jovem príncipe, então com 24 anos, o suporte psicológico e estratégico para os seus atos.<br /><br />A consolidação da independência e a integridade territorial do Brasil devem muito à coragem e às decisões de Dom Pedro I. Se naqueles primeiros meses de 1822, ele tivesse retornado à sua terra natal, onde era o herdeiro do trono, com grande probabilidade o território da América Portuguesa se teria desmembrado, tal como ocorreu com a América Espanhola. Devemos, além do Grito do Ipiranga, os nossos 8,5 milhões de quilômetros quadrados a Pedro I do Brasil, IV de Portugal.<br /><br />Entendo que Pedro de Alcântara nunca teve entre nós os créditos que lhe são devidos. É pouco termos seus restos mortais repousando no Monumento à Independência a partir de 1972. Proponho, aqui e agora, que lhe seja conferido, oficialmente o título de Pai da Pátria, pela formalização da Independência e pelas ações corajosas que propiciaram nossa integridade territorial.<br /><br />Por ter restabelecido a linha sucessória liberal em Portugal, lá é herói, tendo monumento na Praça do Rossio, na Baixa de Lisboa, que oficialmente é Praça Dom Pedro IV.<br /><br />Para a organização dos festejos dos 200 anos da Independência, o governo brasileiro solicitou a Portugal que concedesse, por empréstimo, o coração de Dom Pedro para que estivesse presente em atos solenes das efemérides.<br /><br />O pedido foi para que a relíquia histórica ficasse por aqui por 4 meses. O coração, conservado há quase dois séculos, está aos cuidados da Irmandade de Nossa Senhora da Lapa e da municipalidade da cidade do Porto, que, com resistência, fizeram a concessão por prazo menor.<br /><br />Avião da FA brasileira o trará em 22 de agosto, devendo permanecer entre nós até 8 de setembro. Excesso de zelo? Medo de que um coração que a maior parte da vida bateu por aqui não queira voltar?<br /><br />Não quero pensar com a cabeça dos cuidadosos guardiões do coração de Pedro, mas talvez eles nos vejam como um Zé Carioca, aquele velho personagem do Walt Disney, simpático, engraçado, mas ……<br /><br />Como cuidamos do nosso acervo cultural, só para lembrar:<br /><br />Incêndio do Museu Nacional (2/9/2018, perda incomensurável):<br /><br />Incêndio do MAM, Museu de Arte Moderna RJ (8/7/1978 – perda de obras de Salvador Dali, Joan Miró, Picasso, Henri Matisse, Rene Magritte, Portinari e Di Cavalcanti)<br /><br />Roubo e destruição da Taça Jules Rimet, comemorativa do tricampeonato de futebol (20/12/1983).<br /><br />Incêndio do Museu da Língua Portuguesa (21/2/2015 SP)<br /><br />Tentativa de venda do Palácio Gustavo Capanema RJ (recente – arquitetura modernismo)<br /><br />Que por aqui se cuide bem do coração do Pai da Pátria, Herói da Nação Luso-Brasileira.<br /><br />E que o devolvamos íntegro, como aqui há de chegar!<br /><br />Crônicas da Madrugada.</span><div><span style="font-size: large;"><br /><i>(*) Autor: Danilo Sili Borges, membro da Academia Rotária de Letras do DF. ABROL BRASÍLIA. Brasília – Ago.2022. <br /><a href="mailto:danilosiliborges@gmail.com">danilosiliborges@gmail.com</a></i></span></div><div><span style="font-size: large;"><i><br /></i></span></div><div><span style="font-size: large;"><i>(**) Para ler a crônica em sua publicação original, clique no link abaixo.</i></span></div><div><a href="https://jornaltribuna.com.br/2022/08/o-coracao-do-nosso-pai/"><span style="font-size: large;"><i>O coração do nosso pai - Jornal Tribuna</i></span></a></div>Rubens Oficialhttp://www.blogger.com/profile/13706515017729822889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1908007186278463166.post-6863471480154698642022-08-14T20:09:00.004-07:002022-08-14T20:17:06.143-07:00Obra "Fatos e Fitas" traz crônicas sobre o Largo de São Francisco<p><b><span style="font-size: large;">Lançamento</span></b></p><div><span style="font-size: x-large;">Autoria é do advogado criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira.</span><br /><br />Do site <a href="https://www.migalhas.com.br/quentes/371270/obra-fatos-e-fitas-traz-cronicas-sobre-o-largo-de-sao-francisco" target="_blank">Migalhas</a><br /><br /><span style="font-size: large;"><span>12/08/2022 - Acaba de sair do prelo a obra "Fatos e Fitas - crônicas sobre o Largo de São Francisco" (Editora Migalhas), do advogado criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira. O trabalho é dedicado a seu pai, o desembargador e processualista Waldemar Mariz de Oliveira Júnior, "eterno acadêmico da São Francisco".</span><br /><br /><span>As crônicas, segundo o próprio autor, são desprovidas de rigor histórico e cronológico, mas foram "escritas com o espírito e com a alma desejosos de reverenciar a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco."</span><br /><br /></span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: large;">Em entrevista exclusiva ao Migalhas, o criminalista falou da importância do Direito em sua vida e contou detalhes do famoso episódio em que foi barrado na Faculdade pela letra ilegível.<br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiybuIWQNkWovjSO7S9HlJOnekFgW3-wBI4_gH1cWz6WyQeFdQOqrpJS_VQoIg96B8PQKaLTDoVcn3YTZzoeNNpYulVYVyqO2QMmW38E43bj9CC2RyZ2ap2B18BZNwTJrYbcQA7wuZoczqWOT-8vVd03f8lUtxEfJyrcwIv3YnSFlApPhQbgpPlRwjS/s880/Imagem,%20Divulga%C3%A7%C3%A3o,%20Antonio%20Cl%C3%A1udio%20Mariz%20de%20Oliveira.15ago22.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="759" data-original-width="880" height="345" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiybuIWQNkWovjSO7S9HlJOnekFgW3-wBI4_gH1cWz6WyQeFdQOqrpJS_VQoIg96B8PQKaLTDoVcn3YTZzoeNNpYulVYVyqO2QMmW38E43bj9CC2RyZ2ap2B18BZNwTJrYbcQA7wuZoczqWOT-8vVd03f8lUtxEfJyrcwIv3YnSFlApPhQbgpPlRwjS/w400-h345/Imagem,%20Divulga%C3%A7%C3%A3o,%20Antonio%20Cl%C3%A1udio%20Mariz%20de%20Oliveira.15ago22.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: left;">Imagem: Divulgação | Antonio Cláudio Mariz de Oliveira</span></td></tr></tbody></table><br />Por conta da sua letra, considerada ilegível, o senhor foi barrado na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Conte-nos um pouco mais sobre isso.<br /><br />Nasci com letra ruim, vivi com ela pior e hoje não tenho mais esperança de que melhore. Foi por causa dessa letra que não consegui passar no vestibular do Largo São Francisco. Soube que estava estampado um carimbo de ilegível na redação de português porque o professor Fued Temer, um querido amigo de meu pai e meu, tomou a iniciativa de ver a minha prova, assim que soube da minha reprovação. Examinou-a e verificou essa anotação. Prestei vestibular também na Católica onde os examinadores foram mais complacentes ou eu melhorei milagrosamente minha letra. O teste da minha grafia foi apenas em uma prova, a de português, porque os demais exames foram orais. Ainda bem. Soube anos depois que pela mesma razão o ministro Sidnei Beneti fora também reprovado num primeiro exame que prestou no Largo São Francisco. Senti-me em ótima companhia. Serviu-me de consolo.<br /><br /><b>Quais são os laços que ligam o senhor ao Largo de São Francisco?<br /></b><br />São laços que surgiram no meu berço de nascimento, quando vim ao mundo, porque meu pai estudava no terceiro ano da Faculdade quando nasci. Como morava com meus avós na rua do Riachuelo, atrás da Faculdade, por várias vezes ele levou-me ao centro acadêmico Onze de Agosto, ali localizado. Sempre ouvi histórias dos tempos de estudante contadas por meu pai. Acompanhei encontros que ele tinha com seus colegas de turma e em razão desses contatos, dessas histórias, impregnei-me do espírito acadêmico das Arcadas. Não obstante sempre ter desejado cursar a Faculdade, a Católica (PUC), onde me formei, representou um marco em minha vida, pois lá tive intensa vida acadêmica, fiz política, exerci a boemia, constituí sólidas amizades, fui brindado com professores excepcionais e conheci minha mulher, Angela, que foi minha colega de turma.<br /><br /><b>Narre um FATO e uma FITA do Largo de São Francisco.</b><br /><br />Eu escrevi um livro com a denominação de "Fatos e Fitas", editado por Migalhas, narrando, de um lado fatos extraídos da realidade e de outro fitas frutos da imaginação, da ficção, do que não aconteceu, mas poderia ter acontecido. Esses fatos e fitas do livro pararam no final do século 19. Vou narrar fatos, e não fitas, que ocorreram durante a ditadura de Getúlio Vargas, quando os estudantes se empenharam com grande ardor na luta para o retorno da democracia. E o fato que cito diz respeito à prisão de meu pai no dia em que a Faculdade foi invadida, em 1943, quando ele e um colega foram presos descendo a rua do Riachuelo. Cada um deles foi agredido por cacetetes jogados dentro de um carro. Talvez como consequência da pancada, ou por nervosismo, o colega de meu pai começou a rir, dar gargalhadas, e papai entrou em pânico, pois no banco da frente havia um policial empunhando uma metralhadora, apontada para ambos. Embora papai mandasse o colega ficar quieto, os risos aumentavam de intensidade, o que gerava um maior pânico. Mercê da sorte e da proteção divina o policial passou a rir junto e o episódio, felizmente, não trouxe outras consequências a não ser uma detenção por alguns dias.<br /><br /><b>O Direito sempre esteve presente em sua vida. Como o senhor enxerga a evolução da advocacia no país?</b><br /><br />Ao invés de utilizar a expressão evolução eu utilizaria mudanças operadas na advocacia. A primeira delas diz respeito ao avanço da tecnologia, tornando o advogado seu refém. Eu confesso que se não tivesse os meus companheiros de escritório provavelmente não estaria advogando hoje. O meu tempo é o do cartório, do juiz atendendo os advogados, oficial de justiça indo fazer citações, o manuseio dos processos, as conversas de corredores... Hoje esses aspectos tão presentes na minha vida sofreram sensível diminuição. A principal diferença por mim sentida e com certeza por advogados das gerações anteriores é a ausência do contato pessoal com os colegas e com demais personagens da família jurídica. Na advocacia criminal a mudança mais notável no meu entender foi operada com a criminalização dos delitos do colarinho branco. A classe economicamente privilegiada passou a se sentar nos bancos dos réus. Isso proporcionou a uma minoria de advogados honorários de maior vulto. Esse fato afastou tais advogados das raízes da advocacia criminal. A raiz é a cadeia. Os advogados que se dedicaram a defesa das classes mais abastadas, com as exceções que são devidas, deixaram de ter o que eu chamo de "cheiro de cadeia". Na minha opinião, a grande missão do advogado criminal é se tornar a vez e a voz daquele que não as tem. E quem não tem voz ou vez, e nunca as teve, são os que estão na cadeia, em sua maioria oriundos das classes menos favorecidas. São homens e mulheres que jamais tiveram consciência de sua cidadania, nunca souberam que são detentores de direitos e de garantias. E, é exatamente o advogado quando há uma acusação criminal que lhes põe em contacto com esses direitos, até então desconhecidos por si. Portanto, a advocacia criminal encontra a sua razão primordial nos cárceres, onde é cumprida essa missão e empresta à profissão nobreza e dignidade. Reitero uma confissão. Foi na cadeia que conheci a alma brasileira e foi na cadeia que eu me humanizei.<br /><br /><b>Liste seus 5 livros favoritos.</b><br /><br /><ol style="text-align: left;"><li><span>Todos os livros de Francisco Marins</span></li><li><b>Alma Cabocla, de Paulo Setúbal</b></li><li>Os meninos da rua Paulo, de Ferenc Molnár</li><li>Coração, de Edmondo de Amicis</li><li>A montanha Mágica, de Thomas Mann</li></ol></span><span style="font-size: large;"><br /><b>Para finalizar, uma frase que é o seu lema.</b><br /><br />Ser a voz e a vez dos que não têm vez nem voz, como advogado; ser solidário, como cidadão; ouvir a intuição, como norte de vida.<br /><br /><i>Você pode ver este artigo em sua publicação original através do link abaixo;</i></span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: large;"><br /></span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: large;"><a href="https://www.migalhas.com.br/quentes/371270/obra-fatos-e-fitas-traz-cronicas-sobre-o-largo-de-sao-francisco">https://www.migalhas.com.br/quentes/371270/obra-fatos-e-fitas-traz-cronicas-sobre-o-largo-de-sao-francisco</a></span></div>Rubens Oficialhttp://www.blogger.com/profile/13706515017729822889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1908007186278463166.post-26370792748530367062022-05-30T09:00:00.005-07:002022-08-14T20:19:11.929-07:00O Quinto dos Infernos ganha nova reprise na TV<span style="font-size: x-large;">Para escrever O Quinto dos Infernos, Carlos Lombardi se baseou em livros que abordam de maneira inovadora o período do Primeiro Reinado, como <b>“As Maluquices do Imperador”, de Paulo Setúbal</b>.</span><br /><br />By <a href="https://ocanal.com.br/author/ocanal/">Redação O Canal</a><br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="198" src="https://ocanal.com.br/wp-content/uploads/2022/05/o-quinto-dos-infernos-historia.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="400" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: start;">Minissérie O Quinto dos Infernos no canal Viva (Créditos: Divulgação/TV Globo)</span></td></tr></tbody></table><br /><span style="font-size: large;">27/05/2022 - A família real portuguesa está de volta ao canal Viva no dia 30 de maio, a partir das 19h30, em O Quinto dos Infernos.</span><div><span style="font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="font-size: large;"><span>Escrita por Carlos Lombardi e dirigida por Wolf Maya, a trama retrata de uma maneira bem-humorada os bastidores políticos do país da Independência do Brasil.</span><br /><br /><span>Com Marcos Pasquim no papel de Dom Pedro I, Betty Lago como Carlota Joaquina e André Mattos como Dom João VI, O Quinto dos Infernos começa em 1785 com a chegada de Carlota Joaquina em Portugal e passa por diversos momentos históricos como a chegada da família real no país, o início do Império no Brasil e a guerra civil em Portugal entre os irmãos Pedro e Miguel (Caco Ciocler).</span><br /><br /><span>Exibida originalmente em 2002 na TV Globo, a minissérie teve locações em Paraty, no Rio de Janeiro, e em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul. A cenografia foi inspirada em obras do inglês Thomas Ender e dos franceses Debret e Rugendas, com uma extensa pesquisa nos arquivos do Museu Histórico Nacional.</span><br /><br /><span>Para escrever O Quinto dos Infernos, Carlos Lombardi se baseou em livros que abordam de maneira inovadora o período do Primeiro Reinado, como “O Chalaça”, de José Roberto Torero; “A Imperatriz no Fim do Mundo”, de Ivani Calado; e <b>“As Maluquices do Imperador”, de Paulo Setúbal</b>.<span><a name='more'></a></span></span></span></div><div><span style="font-size: large;"><span><br />Enquanto Viva reprisa O Quinto dos Infernos, Regina Volpato fica sabendo de novidade ao vivo na Gazeta:</span><br /><br /><span>Na edição de quarta-feira (25) do programa, Leão Lobo acabou contando a novidade ao vivo. “Chama Mulheres, mas está todo mundo aqui… é um programa inclusivo”, avisou Regina Volpato, que na sequência foi pega de surpresa pelo colaborador.</span><br /><br /><span>“E eu estou sabendo de uma novidade que vai ter aqui no Mulheres. Que eu fiquei encantado”, pontuou o fofoqueiro. “Qual?”, indagou a apresentadora, dando a permissão para Leão dar detalhes. “Que a Regiane [Tápias, apresentadora do Revista da Cidade] vai participar com você”, falou ele.</span></span></div>Rubens Oficialhttp://www.blogger.com/profile/13706515017729822889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1908007186278463166.post-74930006971329542202021-09-03T12:22:00.001-07:002021-09-03T12:22:15.124-07:00APENAS UM POUCO FRACO DO PULMÃO<div style="text-align: justify;"><a href="https://pagina3.com.br/author/eneas/"><img src="https://i1.wp.com/pagina3.com.br/wp-content/uploads/2021/05/ENEAS-ATHANAZIO-e1621299704133-96x96.jpg?resize=96%2C96&ssl=1" /></a></div><div style="text-align: justify;">Por <a href="https://pagina3.com.br/author/eneas/">Enéas Athanázio</a>, no <a href="https://pagina3.com.br/colunistas/literatura/apenas-um-pouco-fraco-do-pulmao/" target="_blank">Página 3</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">2 de setembro de 2021</div><div style="text-align: justify;"><a href="https://api.whatsapp.com/send?text=APENAS+UM+POUCO+FRACO+DO+PULM%C3%83O%20%0A%0A%20https://pagina3.com.br/colunistas/literatura/apenas-um-pouco-fraco-do-pulmao/" style="color: black;"><br /></a></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img src="https://i1.wp.com/pagina3.com.br/wp-content/uploads/2021/09/paulo-setubal.jpg?resize=350%2C200&ssl=1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: justify;">Paulo Setúbal (Divulgação)</span></td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Com amável dedicatória, recebi do admirável escritor Fernando Jorge a segunda edição, revista e muito ampliada, de seu livro “Vida, Obra e Época de Paulo Setúbal”, publicado pela Geração Editorial (S. Paulo – 2008). Como as demais biografias do Autor, é um trabalho minucioso e que esgota todas as fontes possíveis, respondendo a todas as indagações que possam ser feitas. Assim também acontece quando ele trata, neste volume, da estadia de Paulo Setúbal em Lages nos anos de 1919 e 1920, realizando um levantamento completo das atividades do escritor paulista naquela cidade serrana, valendo-se inclusive de informações de Nereu Corrêa em livro que ele enaltece pela seriedade da pesquisa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>O SINISTRO DIGNÓSTICO</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quando se constatou que ele “estava um pouco fraco do pulmão”, expressão usada para mascarar a tuberculose ou peste branca, o jovem escritor e jornalista foi aconselhado pelos médicos a procurar local de altitude mais elevada, clima saudável e ar puro. Os recursos de então eram ainda precários no combate à terrível enfermidade. Diante disso, ele se fixou por uns tempos em Campos do Jordão e, considerando-se curado, retornou à Paulicéia. Formou-se em Direito e entregou-se à advocacia, ao jornalismo e aos escritos, sempre com sucesso. Nesse período foi acometido da gripe espanhola que então grassava, salvando-se por milagre, o que levou os médicos a vetarem sua permanência na capital paulista. Seu irmão mais velho, João Batista Setúbal, era casado com a filha de um fazendeiro lageano e residia na chamada Princesa dos Campos. Dirigiu ao irmão um convite para passar uma temporada na cidade, cujo clima se recomendava ao tratamento dos fracos de pulmão. Paulo Setúbal logo aceitou, movido inclusive pelo desejo de aventura, e rumou para Lages.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>ADOTADO PELA CIDADE</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A cidade o encantou desde a chegada e sua simpatia pessoal, seu jeito extrovertido e conversador conquistaram de pronto a simpatia dos moradores. A comunidade o adotou sem restrições.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Era o único bacharel formado da cidade e seus anúncios logo apareceram nos jornais, oferecendo os serviços profissionais e registrando ser formado pela Academia de Direito de São Paulo. Em pouco tempo ficou cheio de serviço, foi contratado para alguns inventários e tratou deles com sucesso. Inventários, naquele meio onde imperava o latifúndio, constituíam os mais cobiçados e bem remunerados serviços advocatícios. “Ganhei fama e passei a trabalhar sem tréguas” – escreveu ele.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>O DINHEIRO SE ESVAÍA</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas o dinheiro ganho desaparecia como água pelo vão dos dedos. É que ele aprendera a jogar e se entregava “à paixão torturante das cartas” – segundo suas próprias palavras. Esquecendo-se da doença, passava noites em claro, em locais fechados, aspirando o ar viciado e a fumaça dos cigarros. Numa só jogada apostava todo o ganho de uma longa e trabalhosa causa. Não satisfeito, prosseguia nas noitadas pelos cabarés e boates da periferia, sempre acompanhado de bizarras figuras de tropeiros e negociantes de gado. Mas, ao que parece, vivia feliz, exercitando “a ânsia de viver, de mandar às favas a lembrança das horas negras” – para repetir o biógrafo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E que mais fazia ele na cidade campeira que se estendia entre coxilhas ondulantes? Mantinha uma existência ativa, cheia, movimentada. Amante da natureza, percorria a cavalo as cercanias da cidade, enlevado com a luta dos peões, a lida braba dos rodeios, as correrias de homens de bombachas e chapéus de abas largas. Em redor do fogo, ouvia suas histórias e sugava mates amargos. Observava com intenso prazer “o mais admirável bosque de pinheiros que me foi dado contemplar” ao sol que se punha por trás da última coxilha.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>NOS JORNAIS E NO CARNAVAL</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Enquanto isso, os dois jornais da cidade – “O Planalto” e “O Lageano” – publicavam seus trabalhos, em prosa e verso, além de notas sobre suas atividades. Artigos, crônicas, contos, poemas românticos e humorísticos, comentários sobre temas históricos e do momento e até uma espécie de manifesto em favor de Rui Barbosa, candidato a presidente da República.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para espairecer, “participou de um bródio, servido entre chalaças e ditos espirituosos, ao som de uma orquestra de flautas, violinos e cavaquinhos.” Aderiu de pronto ao animado carnaval da cidade, em 1919, e compareceu ao baile à fantasia, no Clube 1º. de Julho. À sua entrada, registrou um jornal, “voltam-se cabeças curiosas; fisionomias iluminam-se num sorriso acolhedor e travessos corações tremem… tremem num presságio de assalto irresistível.” O Dr. Paulo Setúbal era um sucesso na terra lageana.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>NO JÚRI E OUTRAS TRIBUNAS</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Atua em rumoroso julgamento pelo júri (ao que tudo indica o único), profere discursos e conferências de repercussão que são analisados e comentados pelos jornais. Produz e publica poemas e mais poemas. E advoga com intensidade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não obstante, continua a jogar e a cometer abusos contra a saúde frágil. Adoece, tem que guardar a cama, e se recupera, ansioso por voltar à vida ativa. Nas tardes de folga, comparece à roda que se forma na farmácia “do culto e verboso Otavinho Silveira. Ali encontrava vários amigos: o Dr. Nereu de Oliveira Ramos, formado pela Faculdade de Direito de São Paulo; o Dr. Cândido de Oliveira Ramos, seu parente, formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e que no desempenho de sua profissão havia prestado serviços ao exército sérvio, durante a Primeira Grande Guerra; o Dr. Walmor Argemiro Ribeiro Branco, primeiro lageano a formar-se em medicina; o jornalista Manuel Tiago de Castro, redator de “O Lageano.” Ali a boa prosa corria, como em geral nas boticas das pequenas cidades, enquanto o chimarrão fechava a roda. Relatou o referido farmacêutico que o governador Hercílio Luz havia convidado Setúbal para o cargo de Promotor Público da comarca, mas ele declinou. Essas informações foram colhidas pelo Autor do livro na obra de Nereu Corrêa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>BATE A SAUDADE</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Estava em Lages há mais de um ano e as saudades começaram a bater. Apesar do sucesso pessoal e profissional, resolveu retornar à Paulicéia. A viagem até Florianópolis, que durou três dias, foi conturbada e cheia de incidentes, inclusive com o carro pernoitando, encalhado, num dos frequentes atoladores da estrada. Dorme num casebre humilde, acolhido por um casal muito pobre, e fica indignado com a sovinice de um fazendeiro, seu companheiro de viagem. Em São Paulo, retoma as atividades que o conduzirão à glória literária e à morte precoce, vitimado pela implacável peste branca.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>O ESTÁGIO NÃO INFLUENCIOU</b> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Lages, com a reconhecida hospitalidade campeira, lhe abriu todas as portas e sua permanência ficou marcada para sempre na memória da cidade. Segundo Nereu Corrêa, no entanto, a experiência não se refletiu na obra do escritor e nenhuma influência exerceu sobre ela. Em seu livro “Confiteor”, Paulo recorda com saudade sua epopeia na Princesa dos Campos como um momento mágico de sua vida.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://pagina3.com.br/author/eneas/"><img src="https://i1.wp.com/pagina3.com.br/wp-content/uploads/2021/05/ENEAS-ATHANAZIO-e1621299704133-96x96.jpg?resize=96%2C96&ssl=1" /></a></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://pagina3.com.br/author/eneas/">Enéas Athanázio</a></div><div style="text-align: justify;">Promotor de Justiça (aposentado), advogado e escritor. Tem 59 livros publicados em variados gêneros literários. É detentor de vários prêmios e pertence a diversas entidades culturais. Assina colunas no Jornal Página 3, na revista Blumenau em Cadernos e no site Coojornal - Revista Rio Total.</div></div>Rubens Oficialhttp://www.blogger.com/profile/13706515017729822889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1908007186278463166.post-33747959927585126692020-10-31T19:22:00.006-07:002021-09-03T12:22:52.153-07:00ARTIGO | Dia Nacional do Livro e o despertar do coração<div style="text-align: justify;">Do <a href="https://portaldocallado.com.br/destaques/artigo-dia-nacional-do-livro-e-o-despertar-do-coracao" target="_blank">Portal do Callado</a></div><div style="text-align: justify;">29 de outubro de 2020</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><img height="354" src="https://i2.wp.com/portaldocallado.com.br/wp-content/uploads/2020/10/Anne-Divulgacao-scaled.jpg?resize=1200%2C1063&ssl=1" width="400" /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por Anne Valerry* </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O despertar de um coração é algo emocionante. Ele bate fora do normal, arde, tremula as pernas e entorpece os sentidos. Não sei o que acendeu fagulhas dentro do meu e fez me apaixonar pelo universo dos livros. Eu só me lembro que a história ficou martelando em mim por dias.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Era a Marquesa de Santos, de Paulo Setúbal, poeta da minha querida Tatuí. Foi o primeiro livro que eu li entrando na adolescência. Domitila de Castro Canto e Melo e o nosso Imperador D. Pedro I se encontraram a poucas semanas do grito do Ipiranga e foram amantes por sete anos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Confesso que eu me vi impactada em plena juventude e que ele me deixou fora do ar e em altos devaneios. Peguei carona nas nuvens, como se os meus sonhos fossem soprados com gentileza pelos bons ventos de uma história romântica e chocante.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Esse livro teve o poder mágico de me transformar e descortinar o mundo entre um homem e uma mulher. Depois disso, me senti estimulada a ler outros livros e caí de amores pelo o que eles me trouxeram e me contaram.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Foi, então, que decidi explorar o universo da leitura e desbravei as incógnitas internas com descobertas valiosas, e transformei-o em uma fonte inesgotável de conhecimento e emoções. Com um livro, a solidão se despede e apresenta vidas fascinantes, sem dias entediantes.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por isso, eu leio, leio, leio… e vivo em constante mutação e muito bem acompanhada pelo que há de mais rico em nossa cultura: os livros. Mais que isso, construo as minhas próprias histórias, com as obras que escrevo como a de Victoire e Maurice, em a Dama das Lavandas, mais que um romance de época transmite lições importantes sobre empoderamento feminino, preconceito, machismo, luta de classes e ainda atenta as mulheres em relação às escolhas para o futuro.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E tenho orgulho, neste Dia Nacional do Livro, em despertar outros corações e emocionar mais e mais pessoas a amarem os livros e buscarem inspirações página por página.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">*Anne Valerry é formada em Letras, é professora de português e espanhol e foi por muito tempo bailarina e coreógrafa. Seu primeiro romance publicado foi Uma linda história de amor. Recentemente lançou a obra A Dama das Lavandas. Ela gosta de retratar paixões tórridas, mas também bem-humoradas e repletas de ensinamentos.</div>Rubens Oficialhttp://www.blogger.com/profile/13706515017729822889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1908007186278463166.post-51314574736736141892020-09-15T19:38:00.002-07:002021-09-03T12:23:26.448-07:00Thales: “humano, demasiado humano”<div style="text-align: justify;">por: <b>Cecílio Elias Netto, em <a href="https://www.aprovincia.com.br/memorial-piracicaba/gente-nossa/thales-humano-demasiado-humano-32348/" rel="nofollow" target="_blank">A Província</a></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">fonte: "A Tribuna Piracicabana", caderno especial na edição de 15/setembro/2020</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">15/09/2020 às 18:54</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">[artigo publicado, originalmente, no caderno especial produzido pelo jornal “A Tribuna Piracicabana”, em comemoração aos 130 anos de nascimento do escritor piracicabano Thales Castanho de Andrade – considerado o pioneiro da literatura infanto-juvenil brasileira]</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img height="204" src="https://i1.wp.com/www.aprovincia.com.br/core/wp-content/uploads/2020/09/thales-andrade-recorte.png?resize=671%2C343&strip=all&ssl=1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="400" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: justify;">Thales Castanho de Andrade. (imagem: arquivo IHGP)</span></td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não me ocorrera antes, mas, agora, parece-me apreender – talvez, mais lucidamente – a agridoçura do livro “Saudade”, de Thales de Andrade. Pois é saudade o que estou sentindo. Uma estranha e esquisita saudade. Dele, saudade dele. De Thales Castanho de Andrade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Na verdade, não consigo defini-la nem a mim mesmo. Ela, a saudade, veio devagar, de mansinho. Percebi-a dois dias após o Evaldo Vicente convidar-me a participar desta homenagem a Thales. Pelos seus 130 anos de existência. Pois, embora em outra dimensão, Thales de Andrade, o professor Thales, o escritor Thales – o Thales que me impulsionou à vida literária – esse Thales existe. Cada vez mais, como se prisioneiro ou refém da História.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não ouso dizer esteja sendo o passado a renascer das cinzas. É algo mais concreto, mais real. Nestas horas, sinto ter entendido – e espero assim o seja – Thales de Andrade não ser, para mim, tão somente essa notável personalidade histórica, mas uma força muito além disso: ele é parte fundante de minha vida profissional. Como não o seria, se, nessa já longa estrada, Thales de Andrade esteve entre os que mais segurança me deram, quase que lançando-me abruptamente nessa misteriosa, fascinante, imprevisível aventura?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Foi aos meus 17 anos. (Ah! “Volver a los 17” – como já o cantara a incomparável Mercedes Sosa.) Numa certa tarde, João Chiarini – sempre ele, inesquecível João – foi à nossa casa à minha procura. Acompanhava-se de um intelectual de Tatuí, de nome Paulo, coordenador, então, da Semana Paulo Setúbal naquela cidade. Eles convidavam o jovem estudante –então, recém-saído do curso colegial – para ser um dos palestrantes das solenidades daquele ano. E, em ar desafiador, disseram-me: “Você irá proferir a palestra na mesma noite da fala de Thales de Andrade”. Falar em público, ao lado de Thales? Quis fugir.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Naquele mesmo momento, recebemos a visita de meu ex-professor de literatura e de línguas, o então padre Eduardo Affonso. A casa de meus pais era como um quintal sem muros, portas abertas aos amigos, vizinhos e, até mesmo, a estranhos. Morávamos no coração de Piracicaba e era quase um hábito das pessoas “ir tomar um cafezinho na casa de Dona Amélia e Seo Tuffi”. Meu professor entusiasmou-se e bradou: “Ele (eu) irá, sim. E tenho o tema para ele desenvolver: “As reticências de Paulo Setúbal!” Reticências… Uma quase criança tentar decifrar o que Paulo Setúbal deixara oculto em alma e coração, resumido a misteriosas reticências?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Jamais saberei se foi coragem, audácia, atrevimento ou irresponsabilidade juvenil. O fato é que preparei a palestra e lá me vi levado a Tatuí. No mesmo carro que transportava o Mestre Thales de Andrade. Não falei palavra durante a breve viagem. Tive medo, como se, por fim, desperto para a minha imprudência. O fato é que uma força inexplicável me moveu ao fazer o discurso, o público incendiou-se, os aplausos prolongaram-se e me vi aturdido, apalermado. Era como se o vulcão represado dentro de mim tivesse explodido, esvaziando-se e esvaziando-me.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Foi, então, que aconteceu a nobreza, a grandeza, a realeza de espírito daquele já idoso senhor, do escritor consagrado, do pioneiro da literatura infantil brasileira, de nome Thales Castanho de Andrade. Pois, ao se anunciar o seu discurso, ele se levantou pachorrenta e serenamente como era de seu feitio, cumprimentou o público e apenas informou: “Depois do que ouvimos desse moço, eu nada mais tenho a falar.” Olhou-me não sei se com ternura se cumplicidade e sentou-se. O público ovacionou-o. Todos compreenderam que, naquele momento, era a alma paterna, humana, generosa, compassiva de Thales de Andrade abrindo-se para agasalhar, em proteção, um jovenzinho iniciante.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Era o Thales revelando-se como realmente sempre foi: “humano, demasiado humano”. Como não lhe render graças?</div>Rubens Oficialhttp://www.blogger.com/profile/13706515017729822889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1908007186278463166.post-41300586250633858592020-01-07T18:56:00.002-08:002021-09-03T12:24:21.743-07:005 obras sobre as vítimas de dom Pedro I<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Maria Leopoldina, Dom Pedro I e Domitila de Castro protagonizaram um dos mais conturbados triângulos amorosos da História</span></div>
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<br /></div>
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VICTÓRIA GEARINI</div>
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Publicado no site <a href="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/historia-5-obras-vitimas-de-dom-pedro-i.phtml">Aventuras na História</a>, em 07/01/2020</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="225" src="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/media/_versions/vitimas_de_dom_pedro_widelg.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="400" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;">Respectivamente: Maria Leopoldina, Dom Pedro I e Domitila de Castro - Creative Commons</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://amzn.to/2DsrmJt">1. D. Leopoldina: a história não contada: A mulher que arquitetou a independência do brasil, de Paulo Rezzutti (2017)</a> </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="640" src="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/media/uploads/capa_d.-leopoldina-a-historia-nao-contada_pagina_1_tsOtS6e.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="419" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;">Crédito: Leya</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A imperatriz D. Leopoldina ficou conhecida por conta de seu triângulo amoroso com Domitila de Castro e <a href="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/mary-del-priore-real-adulterio.phtml">D. Pedro I</a>. No entanto, esta obra apresenta a imperatriz por outro ângulo. O escritor Paulo Rezzutti reforça a figura complexa e carismática de Maria Leopoldina, a partir de um caderno de imagens inéditas e documentos originais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://amzn.to/2QQWDvM">2. Domitila: A verdadeira história da marquesa de Santos, de Paulo Rezzutti (2013)</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="640" src="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/media/uploads/domitila.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="421" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;">Crédito: Geração Editorial</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em sua obra, o historiador Paulo Rezzutti apresenta a biografia completa de Domitila de Castro (1797 -1867), mais conhecida como a <a href="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/confusao-insolita-em-porta-de-teatro-marquesa-de-santos-foi-confundida-com-prostituta.phtml">Marquesa de Santos</a>. Considerada uma das mulheres mais conhecidas e influentes da América Latina, a marquesa teve um caso secreto com Dom Pedro I, que, segundo o <b>escritor Paulo Setúbal</b>, escandalizou a sociedade da época com o seu amor pelo primeiro imperador.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://amzn.to/2ZZp8LM">3. A biografia íntima de Leopoldina, de Marsilio Cassotti (2015)</a></div>
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<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="640" src="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/media/uploads/tumblr_p4ynhyqtoh1uc7eyao1_1280.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="469" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;">Crédito: Wikimedia Commons</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A obra de Marsilio Cassotti revela fatos ocultos de cartas de Leopoldina, por meio de um tom intimista e ágil. Com rigor histórico, este romance aborda educação sentimental e política, em um contexto imperial brasileiro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://amzn.to/2QScSIY">4. A carne e o sangue: A Imperatriz D. Leopoldina, D. Pedro I e Domitila, a Marquesa de Santos, de Mary del Priore (2012) </a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="640" src="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/media/uploads/baixar-livro-a-carne-e-o-sangue-mary-del-priore-em-pdf-epub-e-mobi-ou-ler-online.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="444" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;">Crédito: Rocco Digital </span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A renomada historiadora Mary del Priore reinventa a forma de contar a história do conturbado <a href="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/mary-del-priore-real-adulterio.phtml">triângulo amoroso</a>. Por meio de um conteúdo inédito, a escritora revela cartas de Dom Pedro I à sua amante e à sua esposa, além de escritos de Leopoldina ao marido e à irmã. Em paralelo com a história do Brasil e da cidade do Rio de Janeiro, a obra expõe momento intrigantes e de erotismo da família imperial.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://amzn.to/3005qj3">5. Titília e o Demonão, a vida amorosa na corte imperial: mensagens de d. Pedro I à marquesa de Santos (A história não contada), de Paulo Rezzutti (2019)</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img height="640" src="https://aventurasnahistoria.uol.com.br/media/uploads/81kxtwxptxl.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="440" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;">Crédito: Leya</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
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<br /></div>
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Para contar a história secreta de Dom Pedro I e a Marquesa de Santos, Paulo Rezzutti reuniu cartas trocadas pelos amantes, entre 1823 a 1829. O escritor revela em sua obra fatos curiosos, como os apelidos intrigantes do casal. Rezzutti resgatou os escritos em arquivos, encontrados nos Estados Unidos, e revela, ainda, aspectos do cotidiano do Primeiro Reinado.</div>
</div>
Rubens Oficialhttp://www.blogger.com/profile/13706515017729822889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1908007186278463166.post-23451442227180635912019-11-26T20:05:00.002-08:002019-11-26T20:05:27.869-08:00O Brasil nunca leu tanto (Raimundo Carrero)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
<i>Raimundo Carrero (*)</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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do <a href="https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/opiniao/2019/11/o-brasil-nunca-leu-tanto.html">Diário de Pernambuco</a></div>
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<br /></div>
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No princípio era apenas um livrinho chamado Português, quem sabe um dicionário e, com alguma sorte, uma gramática. Entre uma regra gramatical e outra um poema, quase sempre de Olavo Bilac, mais alguma coisa - conto ou crônica -, Raimundo Correia, talvez um parnasiano, e, é possível, um tanto de Machado de Assis da primeira fase, nem sempre o melhor. Estudava-se gramática, a literatura passava ao largo. Chamavam isso de leitura.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mesmo assim, quem quisesse ler mais procurasse em alguma biblioteca interdita, livraria nem pensar. Jornal dependia muito da família, revista só com a autorização da família. Em certo canto escondido da sala, embaixo de sete chaves, um talvez Tesouro da Juventude, cheio de textos conservadores e tradicionalistas, destinado aos homens. Para as mulheres, exclusivamente, um texto de M. Delly, descoberta de norte-americanos para meninas que não desejassem nem sonhassem.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Imaginava-se que este este era o pseudônimo de uma religiosa ou educadora nem um pouco disposta e se apresentar, corria o risco de linchamento. Descobriu-se depois que era um casal de franceses disposto a vencer o puritanismo norte-americano. Os livros precisavam sempre de autorização da Igreja, do imprimatur de um cônego ou de um monsenhor. Literatura era coisa de depravados. Por isso mesmo as mulheres demoraram muito a se alfabetizar. Precisavam de autorização.</div>
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<br /></div>
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De minha parte tive muita sorte. Até os 12 anos pude ler, abertamente, os livros da biblioteca do meu irmão Francisco, que encontrei na loja do meu pai Raimundo Carreiro de Barros, em Salgueiro. Depois encontrei a biblioteca do meu irmão Geraldo, em casa de quem morei dois anos, quando saí do internato do Colégio Salesiano. E tem mais: nunca ninguém me proibiu de ler qualquer coisa. Li o que quis, sempre. Indiscriminadamente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Muitas vezes saí correndo do colégio até a Rua da Imperatriz para comprar livros de Jorge Amado, Paulo Setúbal ou Graciliano Ramos. A nossa Rua da Imperatriz tinha três livrarias, além dos sebos, verdadeira instituição recifense, instalados no chão. Livros, livros e livros espalhados às pencas no centro da cidade, nas décadas de 60 , 70 e 80. A cidade começava a ler com vigor até hoje. Agora todos os colégios adotam livros de várias tendências e cores, desde os chamados infanto-juvenis até os mais sofisticados.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Os autores percorrem o país debatendo, analisando e questionando os estudante, com grandes resultados. Até o momento não existe censura de qualquer espécies e todos estão preparados para qualquer reflexão. E a literatura cresce com os prêmios internacionais. Até autores vivem da venda de livros.</div>
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<br /></div>
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<i>* Jornalista e membro da Academia Pernambucana de Letras</i></div>
</div>
Rubens Oficialhttp://www.blogger.com/profile/13706515017729822889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1908007186278463166.post-89580675194358967632018-10-16T06:52:00.003-07:002018-10-16T06:52:53.061-07:00É tão breve a vida…<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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JOSÉ RENATO NALINI 14/10/2018</div>
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<br /></div>
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Tristão de Athayde, pseudônimo de Alceu Amoroso Lima, foi um dos intelectuais mais completos que o Brasil já produziu. Começou a escrever como crítico literário, atividade que considerava alicerçada em um corpo de princípios, de uma concepção da vida, da arte e da literatura, em caráter docente.</div>
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<br /></div>
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Pois o crítico é um incentivador à leitura. Seu gosto, sensibilidade, emoção e espírito criador o vocacionam a gerar uma legião de leitores.</div>
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<br /></div>
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Uma das críticas de Tristão foi escrita em 1920 sobre o livro “Alma Cabocla”, de Paulo Setúbal. Encontra na poesia de Paulo Setúbal a emoção nesse momento impressionante em que ela se desprende da natureza, do cotidiano, do prosaísmo, para iniciar o seu caminho de arte.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Elogia a aproximação com a natureza, o amor à terra como dado essencial de uma poesia de claridade sedutora, de verdade cristalina, o amor à terra como paisagem.</div>
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<br /></div>
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Reproduz parte da produção de Setúbal:</div>
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<br /></div>
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“Tudo me entrista e punge nestas terras!</div>
<div style="text-align: justify;">
Os mesmos cafezais, as mesmas serras</div>
<div style="text-align: justify;">
E a mesma casa antiga da fazenda</div>
<div style="text-align: justify;">
Que outrora viu, quando éramos meninos</div>
<div style="text-align: justify;">
Nossos amores, nossos desatinos</div>
<div style="text-align: justify;">
Toda essa história já desfeita em lenda!</div>
<div style="text-align: justify;">
…</div>
<div style="text-align: justify;">
Era dezembro… Florescia o milho</div>
<div style="text-align: justify;">
Verde e glorioso como o nosso idílio…</div>
<div style="text-align: justify;">
Que lindas roças! Que estação aquela!</div>
<div style="text-align: justify;">
Toda a velha fazenda parecia</div>
<div style="text-align: justify;">
Com sua larga e rústica alegria</div>
<div style="text-align: justify;">
Mais cheia de aves, mais ruidosa e bela”!</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Amoroso Lima saúda a chegada do “jovem poeta” e admira o caráter do sentimento da poesia, elaborada no momento em que a representação se substitui à sensação, para provar que a poesia não é mero sentimento, no estado puro, mas elaborado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Ao rever a obra em 1947, Tristão anota: “Como são frágeis os vaticínios! Nunca mais ouvi falar desse poeta! Terá falecido? Terá silenciado? Terá sido tragado pelo cotidiano? Como tudo é melancólico e irônico!.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Paulo Setúbal continuou a escrever e enveredou-se por romances históricos. Integrou a Academia Paulista de Letras. Mas é verdade que poderia ser lembrado por sua poesia e por sua obra intelectual.</div>
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<br /></div>
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A vida é breve e mais curta ainda a memória dos pósteros, que só se preocupam com aquilo que mais lhes interessa de imediato e não têm tempo para o cultivo dos mortos ou para passear pela memória.</div>
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<br /></div>
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<i>JOSÉ RENATO NALINI é reitor da Uniregistral, docente universitário, palestrante e autor de “Ética Geral e Profissional”, 13ª ed. – RT-Thomson</i></div>
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<br /></div>
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<a href="http://www.jj.com.br/arquivos/2018/09/T_RENATO_NALINI.jpg"><img height="200" src="http://www.jj.com.br/arquivos/2018/09/T_RENATO_NALINI.jpg" width="162" /></a></div>
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<span style="font-size: xx-small;">JOSÉ RENATO NALINI</span></div>
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<br /></div>
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Do site <a href="http://jj.com.br/">jj.com.br</a></div>
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Rubens Oficialhttp://www.blogger.com/profile/13706515017729822889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1908007186278463166.post-54456685461287395532018-03-02T05:51:00.002-08:002022-12-22T16:45:54.182-08:00Paulo Setúbal como patrono<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><span style="font-size: medium;">
Americana SP - Rua Paulo Setúbal, Vila Santa Inês.<br />
Atibaia SP - Rua Paulo Setúbal, bairro Jardim Cerejeiras.<br />
Campinas SP - Rua Paulo Setúbal, Botafogo.<br />
Cerquilho SP - Rua Paulo Setúbal, Recanto do Sol.<br />
Chopinzinho PR - Ginásio Paulo Setúbal (o primeiro colégio do município).<br />
Curitiba PR - Rua Paulo Setúbal, bairro Hauer / Boqueirão.<br />
Fortaleza CE - Rua Paulo Setúbal, Bairro Messejana.<br />
Ijuí RS, Rua Paulo Setúbal, Bairro Luiz Fogliato<br />
Jundiaí SP - Rua Paulo Setúbal.<br />
Lajes SC - Biblioteca Pública Municipal Paulo Setúbal</span></div><div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><span style="font-size: medium;">Nova Friburgo RJ - Paulo Setúbal é patrono da cadeira 34 da Academia Friburguense de Letras.<br />
Paulínia SP - Rua Paulo Setúbal, Bairro João Aranha.<br />
Piracicaba SP - Rua Paulo Setúbal, Vila Independência.<br />
Ponta Grossa PR - Rua Paulo Setúbal, bairro Uvaranas.<br />
Porto Alegre RS - Rua Paulo Setúbal, Passo d'Areia.<br />
Praia Grande SP - Rua Paulo Setúbal, Esmeralda.</span></div><div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><span style="font-size: medium;">Ribeirão Preto SP - Paulo Setúbal é patrono da cadeira 16 da Academia Ribeirão-Pretana de Letras.<br />
Rio de Janeiro RJ - Praça Paulo Setúbal, Vila da Penha, Zona Norte.<br />
Rolândia PR - Rua Paulo Setúbal.<br />
São José do Rio Preto SP - Rua Paulo Setúbal, Vila Santa Cruz.<br />
São José dos Campos SP - Rua Paulo Setúbal, Jardim São Dimas.<br />
São José dos Campos SP - Vila Paulo Setúbal.<br />
São José dos Campos SP - Paulo Setúbal é patrono da Cadeira 02 da Academia Joseense de Letras.<br />
São Paulo SP - Biblioteca Paulo Setúbal, na Vila Formosa.<br />
São Paulo SP - Rua Paulo Setúbal, Bairro Santana.<br />
São Paulo SP - Paulo Setúbal é patrono da Cadeira 24 da Academia Cristã de Letras.</span></div><div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><span style="font-size: medium;">São Paulo SP - Edifício Paulo Setúbal, Rua Martiniano de Carvalho, bairro Bela Vista.<br />
Sorocaba SP - Rua Paulo Setúbal, Vila Hortência.<br />
Sorocaba SP - Paulo Setúbal é patrono da Cadeira 09 da Academia Sorocabana de Letras.<br />
Tatuí SP - Praça Paulo Setúbal, com busto do escritor.<br />
Tatuí SP - Museu Histórico Paulo Setúbal.<br />
Tatuí SP - Semana de Paulo Setúbal.</span></div><div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><span style="font-size: medium;">Tatuí SP - Prêmio Literário Paulo Setúbal.<br />
Ubatuba SP - Rua Paulo Setúbal, Remanso do Mar.<br />
Valinhos SP - Rua Paulo Setúbal.<br />
Vitória da Conquista BA - Escola Municipal Paulo Setúbal</span><br /></div>
Rubens Oficialhttp://www.blogger.com/profile/13706515017729822889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1908007186278463166.post-62240148132033009942018-01-17T04:19:00.001-08:002018-01-17T04:19:56.773-08:00A vida cultural Atibaiana<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<a href="http://www.jcatibaia.com.br/site/coluna/gilberto-santanna/719/a-vida-cultural-atibaiana.html">Jornal da Cidade - Atibara SP</a> Acesso 17/01/2017 10:19 horas<br />
<br />
A propósito da inauguração do Centro Cultural “André Carneiro”, instalado pela prefeitura na praça da Matriz, prevista para 27/01/2018, apresentamos uma retrospectiva, rápida e superficial, das manifestações culturais promovidas através dos tempos. </div>
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As atividades ocorreram nas escolas públicas e privadas, nas igrejas, nas associações civis e nos estúdios particulares.</div>
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Poesia, prosa e teatro. Atibaia recebeu a visita dos consagrados escritores Francisco Silveira Bueno, Amadeu Amaral, <b>Paulo Setúbal,</b> Mário de Andrade, além do artista plástico Benedito Calixto. Marcaram a presença deixando escritos, pinturas e ditos alusivos à beleza, religiosidade e cultura popular.</div>
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<br /></div>
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A imprensa anotou a atuação de Aprígio de Toledo, que incentivos debates literários no Gabinete de Leitura. Preparou atores e montou peças no Teatro do Largo do Mercado. Orador de verve, culto e eloquente, representou diversas associações do município.</div>
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<br /></div>
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Porém, até hoje, não mereceu dos órgãos públicos se lhe recolhesse e publicasse os textos esparsos à disposição nas colunas dos jornais e nos arquivos históricos.</div>
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<br /></div>
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Em meados do século passado a Associação Amigos de Atibaia montou uma biblioteca para doação ao município. Os edis vetaram. Dulce Carneiro, articulista do jornal de A Gazeta, de grande circulação na capital paulista, publicou matéria alusiva. Concluiu que se Atibaia é o “paraíso quase possível na terra” (Amadeu Amaral), o quase é por conta e risco dos vereadores.</div>
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<br /></div>
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Manifestações teatrais. Surgiu o grupo teatral Atibaia Viva, coordenado pelo ator e diretor Osvaldo Barreto Filho; O Corpo Municipal de Teatro; Grupo de Teatro Aletheia; Escola de Atores Residência Antaud, com direção geral de Wellington Duran; Cia. Maschera, bonecos de mamulengo, do Leonardo Garcia e Giorgia Goldani; Grupo Arcênicos Atibaia, dirigido por Durval Mantovaninni; ATA –Associação Teatral de Atibaia e Observatório Cultural Mazu, da atriz e diretora Sílvia Masulo, . </div>
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Cinemas. Todas as pessoas, - não importava a condição social - corriam aos encantamentos mágicos das sessões de cinema. No começo as exibições aconteciam em praça pública através de empresas itinerantes. Depois, a partir de 1903, os empreendedores da província construíram e instalaram salas confortáveis e apropriadas, mediante nomes diversos: Cine Pavilhão, Recreio Cinema , Nordisk Cinema, Cine Central, Cinema Atibaiense, Cine Theatro República, Trianon Cinema e Cine Paratodos, Cine Itá, Cina Paraiso, Cine Atibaia. As casas eras inauguradas às pressas. Não demorava muito fecharem as portas. Muitas reabriam depois de ampla reforma do prédio. Os equipamentos modernizavam-se e o público exigia melhorias e confortos, nem sempre viáveis economicamente.</div>
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<br /></div>
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Contou-me o Valdir Gaborim da existência de uma cinema no bairro do Tanque, instalado próximo à estação do trem da braantina. Era o Cine Carolina, ao que se sabe de propriedade de Carlos Del Nero.</div>
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<br /></div>
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A origem do nome “Cine Theatro República” é intrigante. Pertenceu ao major Juvenal Alvim. Desde logo, se imagina ocorresse em homenagem e profissão de fé no regime republicano. Muitos, entretanto, atribuem a homenagem à distribuidora de películas “Republic Pictures”, devido a águia americana de argamassa, pousada no frontispício do prédio. Entretanto, o cinema foi inaugurado em 1926 e a distribuidora foi constituída em 1935. </div>
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<br /></div>
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Nos primeiros tempos os filmes eram mudos e projetados da sacada do Clube Recreativo Atibaiano contra as paredes da praça Claudino Alves. Era o “Cinema Paradiso” atibaiense, imortalizado pelo cineasta italiano Giuseppe Tornator, porém, sem qualquer censura religiosa. Nos raros filmes impróprios para menores de 18 anos o Juizado facilitava o ingresso, desde que o adolescente portasse constituição física espigada . </div>
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<br /></div>
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Nas salas os filmes (mudos) eram projetados por trás das telas, que, por isso, eram permanentemente molhadas para manter a transparência. Nos longos intervalos as famílias abriam as sacolas e comiam lanches com ares de piquenique. Os vendedores de pipoca, amendoim, pirulito, balas e doces circulavam pela plateia oferecendo guloseimas expostas numa cesta grande, atada numa tira apoiada no pescoço. Havia música ambiente ao vivo, executada por instrumentistas emprestados das bandas de música. No saguão de espera as peças musicais eram ligeiras. Na sala de espetáculo quase sempre se apresentavam obras clássicas. </div>
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<br /></div>
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Logo chegou o cinema falado. Os aparelhos de som, quase sempre de má qualidade, esganiçavam a voz dos artistas. Entretanto, conseguia-se distinguir perfeitamente a voz aveludada das famosas divas (musas) do cinema. O ardido sotaque texano do Gordo (ator norte-americano Oliver Hardy) contrastava com o refino vocal do Magro (ator inglês Stan Laurel). Ria-se muito com as gagues.</div>
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<br /></div>
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Os filmes em cartaz eram comentados nos alpendres das residências para melhor entendimento da trama. Os vizinhos se achegavam. Os diálogos cinematográficos eram em língua estrangeira e poucos espectadores acompanhavam e entendiam as legendas em português. As dublagens não existiam. Todavia, as colônias de origem europeias, principalmente a italiana, esbaldavam-se com as produções patrícias.</div>
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<br /></div>
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Ninguém se conformava com os personagens em situação de miséria, desempregado, que ostentavam uma casa bem mobiliada, dotada de eletrodomésticos, TVs e automóvel na garagem. Nem o mais rico atibaiense jamais sonhara com tal luxo! O fato denunciava o desnível de renda e riqueza entre os países desenvolvidos e pobres.</div>
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<br /></div>
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As piadas grassavam soltas nas rodas de amigos . Nos filmes de caubói dizia-se que os matutos portavam revólver no cinema caso os bandidos apontassem na direção da plateia. Legítima defesa putativa, explicam os juristas.</div>
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<br /></div>
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A política rondava os cinemas. Os grupos antagônicos mantinham casas exibidoras próprias. O Cine Trianon, dos irmãos Titarelli, era frequentado pelos filiados ao Partido Democrático, depois Partido Constitucionalista, em oposição à política do Major Alvim. Estes integravam o Partido Liberal, depois Partido Republicano Paulista.<br />
<br />
A tecnologia evoluiu. A vida cultural se deteriorou. Espera-se que a o Centro de Cultura “André Carneiro” e o Cine Itá Cultural, espaços públicos, possam retomar os espetáculos de boa qualidade perdidos há muito tempo nas profundezas do desinteresse governamental,<br />
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<br /></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFn00HmGAKuhu9OHMNK3feSQcXh3sjZogtk1dGUnE794QY-o00dbkrqQoHsqzFXc_qPhi0nPy3eWDCWGaa-HfJgUD9vBAGfeUOEe4SV07OmVkeb12N1gOkOxNsfhBkEQFPIbvqw3Dg28o/s1600/GILBERTO_SANTANNA.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="140" data-original-width="101" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFn00HmGAKuhu9OHMNK3feSQcXh3sjZogtk1dGUnE794QY-o00dbkrqQoHsqzFXc_qPhi0nPy3eWDCWGaa-HfJgUD9vBAGfeUOEe4SV07OmVkeb12N1gOkOxNsfhBkEQFPIbvqw3Dg28o/s1600/GILBERTO_SANTANNA.jpg" /></a></div>
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<b>Gilberto Santanna</b></div>
<div style="text-align: left;">
gilbertosant@terra.com.br</div>
<div style="text-align: left;">
Gilberto Sant´Anna é advogado e ex-prefeito de Atibaia.</div>
<div style="text-align: left;">
Contato: gilbertosant@terra.com.br</div>
</div>
</div>
Rubens Oficialhttp://www.blogger.com/profile/13706515017729822889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1908007186278463166.post-31412650199423855692017-10-15T11:38:00.002-07:002017-10-15T11:38:59.346-07:00Sucessão de Paulo Setúbal na ABL teve consulta popular<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
José Mario Pereira: Consulta popular em eleição na ABL</div>
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<br /></div>
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<span style="font-size: large;"><b>A volta de concursos como os promovidos pela revista O Malho animariam positivamente a nossa vida literária</b></span></div>
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<br /></div>
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Por Augusto Nunes, em Veja</div>
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<br /></div>
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Vez por outra, quando surge uma vaga na Academia Brasileira de Letras, os jornais se apressam em anunciar os possíveis candidatos, os colunistas tratam de evidenciar a simpatia e a articulação a favor de um ou outro postulante, mas a nenhum diretor de jornal ou revista de circulação nacional ocorre consultar a opinião pública a respeito do tema. Falo aqui de um largo exercício de democracia participativa, da realização de uma consulta, com regras estabelecidas de votação, comissão apuradora, e tudo o mais que comporta uma eleição séria, com garantia de credibilidade respaldada por uma rigorosa auditoria. Tendo a crer que muitos acadêmicos, se consultados sobre esse assunto, responderiam que a ideia não faz sentido, considerando que somente aos membros da Casa de Machado de Assis cabe opinar e decidir sobre a escolha de um novo imortal.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acabo de desencavar, porém, os documentos de uma saudável manifestação que vai na contramão desse tradicional comportamento. Ou seja, pelo menos uma vez já se fez consulta pública sobre a questão, patrocinada por respeitável órgão de imprensa, no sentido de sondar o sentimento e a vontade popular a respeito de quem merecia ser incorporado ao prestigioso cenáculo das letras nacionais. A ideia foi posta em prática há 80 anos, logo após o falecimento do escritor e advogado Paulo Setúbal, a 4 de maio de 1937, quando a cadeira de nº 31 foi declarada vaga. Então a revista semanal O Malho, que circulou de 1902 a 1954, e cuja redação funcionava na Travessa do Ouvidor, nº 34, no Centro do Rio, tratou de anunciar, em 22 de maio, que faria uma consulta junto aos leitores de todo o país com o objetivo de identificar quem deveria suceder, na ABL, ao morto ilustre. Uma semana depois publicavam as “Bases” do concurso:</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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1. A votação terá a duração justa de cem dias, a começar de 20 de maio e terminando a 25 de agosto vindouro. Semanalmente O Malho divulgará as apurações parciais e o resultado final, com proclamação do nome vitorioso na edição do dia 9 de setembro, data em que se realiza, precisamente, na Academia Brasileira de Letras a eleição para preenchimento da vaga de Paulo Setúbal.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
2. Cada leitor poderá remeter o número de votos que desejar. Só não é permitido justificar o voto, ou assiná-lo.</div>
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<br /></div>
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3. As apurações serão feitas semanalmente em nossa redação, podendo ser acompanhadas pelos interessados. A apuração final terá lugar no dia 31 de agosto.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
4. O intelectual que receber o maior número de votos será homenageado pelo O Malho de forma condigna, e de modo a se fazer ressaltar a significação da sua vitória.</div>
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<br /></div>
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5. Podem ser votados todos os intelectuais vivos do Brasil, exceção feita, naturalmente, dos que já fazem parte da Academia Brasileira de Letras.</div>
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<br /></div>
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A iniciativa alcançou de imediato ampla aceitação. Já em 19 de junho, João Paraguassu, mobilizado pelo tema, escrevia no Correio da Manhã a crônica “A cadeira 41…”, que pela objetividade, e hoje difícil localização, merece transcrição integral:</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A Academia Brasileira está voltando a ser objeto de intensas cogitações no nosso microcosmo intelectual. Fala-se, é certo, ainda muito mal dela, mas já se fala algum bem e com mais simpatia. O Malho tem contribuído para isso com os seus concursos. O do naufrágio [sic] dos poetas foi um dos mais interessantes, e dele se salvaram vários nomes que muita gente supunha no rol do esquecimento.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O outro foi o da questão da entrada da mulher no cenáculo. E dessa vez de novo os leitores daquele semanário fizeram obra sensata apontando as merecedoras de um lugar no Olimpo, e forçaram os moradores da casa de Machado de Assis a opinar favoravelmente, em maioria, o que valeu por uma interpretação do texto estatutário fora das quatro paredes do Petit Trianon.</div>
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<br /></div>
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Agora, outro movimento de O Malho agita o mundo dos letrados e focaliza a Academia. É um verdadeiro plebiscito. Quem deverá preencher a vaga de Paulo Setúbal?… As respostas vão surgindo. As preferências se manifestam. Em torno da memória do autor dos nossos melhores romances históricos, do reconstituidor das cenas da conquista do ouro e da caça ao índio, se alvoroçam os partidários dos capazes de receber-lhe o legado ilustre.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O fato deve ser apreciado, porém, pelas suas consequências. De entre os muitos sufragados, um sairá triunfante. Coincidirá a láurea popular com as inclinações acadêmicas?… Se isso acontecesse, seria uma sorte grande para a Academia, porque ela poderia proclamar a sua concordância absoluta com os brasileiros que leem…</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas não entremos no campo dos vaticínios. Fiquemos na praça. E admitamos que o povo eleja um acadêmico para a “cadeira 41”, aquela em que costumam sentar-se os que nunca se apresentam, e acreditam nas promessas de votos que lhes fazem quase todos, mais ou menos nestes termos:</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
̶ Se você se apresentar, conte com o meu voto…</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Conversa, apenas.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na primeira apuração parcial Martins Fontes recebeu 11 votos, Plínio Salgado, 9, e Viriato Corrêa 3. A sexta se deu em 1º de julho e trazia o contista Cristovam de Camargo, do Pen Clube, liderando a prova com 151 votos. Na décima segunda o poeta paulista Cassiano Ricardo ficou em primeiro lugar com 998 votos, contra 880 dados a Plínio Salgado, e 398 a Catulo da Paixão Cearense. Na ocasião outros 61 profissionais das letras foram lembrados, incluindo escritoras como Carolina Nabuco e Henriqueta Lisboa (ambas com 18 votos, e isso quando ainda não era permitida às mulheres a glória acadêmica), e futuros membros da ABL como José Américo de Almeida (114), Viriato Correa (77), Oswaldo Orico (28), Gilberto Amado (11) e Pontes de Miranda (10). Nessa apuração sete foram as personalidades que contabilizaram o menor número de votos (4), entre as quais destaco, pelo exotismo dos nomes, e por serem hoje totalmente desconhecidos, Ilnah Secundino, Leal de Souza e Mahatma Patiala (!), pseudônimo de Ariosto Palombo, mais conhecido como João de Minas (que com este nome teve 6 votos na apuração final, enquanto Patiala chegou aos 16).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A décima terceira apuração parcial deu-se em 9 de agosto, quando Cassiano obteve 1.317 votos, Plínio 1.229, e Catulo, 484. Curiosamente Ilnah, Leal e Patiala continuaram no páreo com os mesmos quatro votos obtidos anteriormente. O anônimo redator da revista aproveita a ocasião para informar: “Publicamos hoje a última cédula para votação, e ainda achamos de bom aviso repetir que só serão apurados, no final do certame, os votos que estiverem em nosso poder até o dia 25 do corrente às 18 horas”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O número de 26 de agosto de O Malho, que presta contas da décima quarta apuração, traz uma surpresa: Plínio Salgado tomara a dianteira, com 1.635 votos, contra os 1.570 de Cassiano e os 497 de Catulo, que continuava firme no terceiro lugar. O resultado final, no entanto, só seria conhecido em 31 de agosto, referendado por laudo assinado pela Comissão Verificadora, “composta dos brilhantes jornalistas Herbert Moses, presidente da ABI, M. Paulo Filho, diretor do Correio da Manhã, Roberto Marinho, diretor de O Globo [ele viria a ser eleito para a ABL em 22 de julho de 1993], e Orlando Dantas, diretor do Diário de Notícias”.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas quem, afinal, foi o ungido na ampla consulta popular, com vistas à ocupação da vaga acadêmica, nessa tentativa de um importante veículo de comunicação influenciar a escolha do próximo integrante da ABL? Pasmem: a láurea coube a Plínio Salgado, com espantosos 3.450 votos, mais de duas vezes o total recebido na votação anterior; e isso provavelmente se deu porque os integralistas, na reta final, despejaram o maior número possível de votos na urna do seu condottiero. A revista imediatamente estampou uma imensa foto do personagem, que aparece vestido com a farda do Integralismo, tendo num dos braços a faixa com o sigma, símbolo do movimento. Em comentário não assinado, louvando os talentos do vitorioso, O Malho afirma:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 1916 [Plínio Salgado] publicou seu primeiro livro, o romance O estrangeiro, que foi muito discutido e recebeu elogios dos mais notáveis críticos do país.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Essa vitória nas letras foi o ponto de partida para uma grande atividade intelectual, através a qual [sic] se revelou um dos mais firmes manejadores da pena. Jornalista, escritor de ficção, pregador doutrinário, a um tempo, sob qualquer dessas formas se tem revelado homem de cultura, capaz de enfrentar as polêmicas mais sérias como de defender pontos de vista e teorias, com brilho de forma e recursos de inteligência.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Chefiando hoje um grande partido político, goza no país de inegável popularidade e prestígio, e seus livros são publicados em edições sucessivas que se esgotam com rapidez.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O segundo lugar, com 1.927 votos, coube a Cassiano, figura de destaque na estrutura intelectual do Estado Novo. O terceiro posto, devido a 856 eleitores, permaneceu com Catulo. É interessante atentar para o desempenho de futuros acadêmicos na computação final: José Américo de Almeida (190 votos), Oswaldo Orico (114), Viriato Corrêa (91), Josué Montello, que não aparecia anteriormente (16), Gilberto Amado (11), Pontes de Miranda (10), Menotti Del Picchia (3) e Manuel Bandeira (1). É preciso também acentuar, na lista decisiva, a presença de escritores que nunca entraram para a ABL, seja porque não conseguiram se eleger, como se deu com Bastos Tigre (360) e com o poeta Jorge de Lima (13), seja pelo fato de jamais terem se candidatado. Entre os mais relevantes desse último contingente, nas letras e na política, merecem destaque: Henriqueta Lisboa (49), Carolina Nabuco (27), Rosalina Coelho Lisboa (12), Gilka Machado (12), Graciliano Ramos (10), Afrânio de Melo Franco (3), Luiz da Câmara Cascudo (2), Francisco Campos (1) e Gilberto Freyre (1).</div>
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<br /></div>
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A surpresa que se seguiu à manifestação pública de apreço às qualidades intelectuais de Plínio Salgado foi sua decisão de não concorrer à sucessão de Paulo Setúbal. O que terá pautado esse gesto? O sentimento de que uma disputa para a ABL pode ser mais difícil e cheia de surpresas do que uma eleição para o Senado ou a Câmara dos Deputados? A interrogação se torna ainda mais pertinente quando se toma conhecimento dos fatos que se seguiram: Cassiano Ricardo, o autor de Martim Cererê, foi eleito acadêmico no quarto e último escrutínio, com 18 votos, em 9 de setembro de 1937, tendo por concorrentes Viriato Corrêa (3), Bastos Tigre (4), Jorge de Lima (5) e Basílio de Magalhães (3), o único que não aparece em nenhuma das votações promovidas por O Malho. A revista informa que Sílvio Júlio, que recebera apenas um voto, também concorreu, mas retirou sua inscrição antes do pleito.</div>
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No número de 16 de setembro, O Malho se congratula com seus leitores e com a ABL pela inclusão de Cassiano aos seus quadros, e acentua:</div>
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Não pomos dúvida alguma de que muito tenham influenciado sobre os membros da Academia as ponderações que aqui temos expendido, muito embora o nome do eleito e o seu valor literário não sejam daqueles que, para se imporem, necessitem de campanhas como a que realizamos e que vem agora se cobrir de êxito.</div>
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Dissemos em nossa edição passada que qualquer dos candidatos inscritos estava à altura de ser eleito e por isso mesmo a Academia talvez acabasse por recusá-los a todos para preferir um medalhão político [grifo nosso]. Felizmente, porém, nosso prognóstico não se realizou e a cadeira que Paulo Setúbal ocupou, por tão pouco tempo mas tão brilhantemente, vai receber agora uma das legítimas expressões da inteligência e da poesia patrícias.</div>
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O Malho está vitorioso, e a grande massa de seus leitores se pode orgulhar de ter feito com que a Academia Brasileira de Letras retomasse, pelo menos por esta vez, o único caminho que poderá levá-la a reabilitar-se com o público brasileiro, se continua a ser trilhado [grifo nosso].</div>
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Afora a saudação ao novo imortal, paulista de São José dos Campos, o público da revista foi brindado com a foto do homenageado. Já a edição de 7 de outubro transcreve a carta de agradecimento que Cassiano enviou de São Paulo, datada de 22 de setembro, ao “meu caro redator”, na qual agradece a atenção a ele dispensada, e por fim ressalta ter sido nas páginas de O Malho que, há 20 anos, estreara na literatura.</div>
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Bem fariam os nossos diretores de redação, sempre que a ocasião se apresentasse, se cuidassem de reeditar a iniciativa de Antônio A. de Souza e Silva, diretor de O Malho, aperfeiçoando o mais possível as técnicas de aferição quanto às potencialidades eleitorais dos escritores dispostos a lutar por uma vaga na Casa de Machado de Assis. Levando-se em conta que toda Academia tem algo de clube em que os sócios se reúnem na expectativa de um agradável convívio, e que o eleito não pode ser nunca mais excluído, seria recomendável — inclusive para a orientação dos votantes desavisados — que os jornais e revistas publicassem perfis dos candidatos, não só tratando de suas qualidades literárias e obra editada, mas também com dados sobre o temperamento e a personalidade de cada um. Esse procedimento ajudaria, e muito, a prevenir a entrada na ABL de escritor ou notável de difícil trato, capaz de incomodar, seja física, verbalmente, ou por escrito, seus futuros companheiros no Petit Trianon. Creio que a volta de concursos como os promovidos pela revista O Malho animariam positivamente a nossa vida literária, mobilizando leitores e intelectuais, tornando ainda mais glamourosos a Academia Brasileira de Letras e os seus imortais.</div>
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Rubens Oficialhttp://www.blogger.com/profile/13706515017729822889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1908007186278463166.post-28551335791132428892014-09-15T20:23:00.000-07:002014-09-15T20:23:22.483-07:00PAULO SETÚBAL<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<a href="http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=318&sid=294">ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS</a></div>
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Terceiro ocupante da Cadeira 31, eleito em 6 de dezembro de 1934, na sucessão de João Ribeiro e recebido pelo Acadêmico Alcântara Machado em 27 de julho de 1935.<br />
<br />
Paulo Setúbal (P. S. de Oliveira) [sic], advogado, jornalista, ensaísta, poeta e romancista, nasceu em Tatuí, SP, em 1º de janeiro de 1893, e faleceu em São Paulo, SP, em 4 de maio de 1937.<br />
<br />
Órfão de pai aos quatro anos, sua mãe cuidou sozinha de nove filhos pequenos. Ela colocou o pequeno Paulo como interno no colégio do seu Chico Pereira e começou a trabalhar para viver e sustentar os filhos. Transferindo-se com a família para São Paulo, o adolescente Paulo entrou para o Ginásio Nossa Senhora do Carmo, dos irmãos maristas, onde estudou durante seis anos. Aí começou o interesse pela literatura e pela filosofia. Leu Kant, Spinoza, Rousseau, Schopenhauer, Voltaire e Nietzsche. Na literatura, influenciou-o sobretudo a leitura de Guerra Junqueiro e Antero de Quental. Muitas passagens do seu primeiro livro de poesias, Alma cabocla, lembram a Musa em férias de Guerra Junqueiro.<br />
<br />
Esse período de sua vida é de franco e desenfreado ateísmo. Fez o curso de Direito em São Paulo. Ainda freqüentava o 2º ano quando decidiu fazer-se jornalista. Era a época da campanha civilista quando foi procurar emprego no diário A Tarde. Lá ingressou como revisor; logo a seguir, a publicação de uma de suas poesias naquele jornal deu-lhe notoriedade imediata, e ele ganhou sua primeira coluna como redator. Já nessa época começava a sentir os sinais da tuberculose que iria obrigá-lo a freqüentes interrupções no trabalho, para repouso.<br />
<br />
Concluído o curso de Direito em 1915, iniciou carreira na advocacia em São Paulo. Em 1918, devido à gripe espanhola, Paulo Setúbal partiu para Lages, em Santa Catarina, onde morava o irmão mais velho, e lá tornou-se um advogado bem-sucedido. Levava, porém, uma vida dissoluta, às voltas com mulheres e com o jogo. Cansado de tudo, voltou para São Paulo, e também lá se estabeleceu como advogado.<br />
<br />
Iniciou-se, então, a principal fase de sua produção literária, que o levaria a ser o escritor mais lido do país. Destaca-se, especialmente, pelo gênero do romance histórico, com A marquesa de Santos (1925) e O príncipe de Nassau (1926). Sabia como romancear os fatos do passado, tornando-os vivos e agradáveis à leitura. Os sucessivos livros que escreveu sobre o ciclo das bandeiras, a começar com O ouro de Cuiabá (1933) até O sonho das esmeraldas (1935), tinham o sentido social de levantar o orgulho do povo bandeirante na fase pós-Revolução constitucionalista (1932) em São Paulo, trazendo o passado em socorro do presente.<br />
<br />
Em 1935, Paulo Setúbal chegou ao apogeu, sendo consagrado pela Academia Brasileira de Letras. Mas, nesse mesmo 1935 ele ingressa em nova fase da crise espiritual que vinha de longe e que terá repercussão em sua literatura. O temperamento sociável, expansivo e alegre; o freqüentador de festas e reuniões dava lugar ao homem introspectivo, vivendo apenas cercado da família e dos amigos mais próximos. Aos problemas crônicos de saúde acrescentava-se a minagem psicológica ocasionada pela desilusão com os rumos da política e consigo mesmo. Entrou a freqüentar fervorosamente a igreja da Imaculada Conceição, perto de sua residência em São Paulo, e a ler a Bíblia e livros como a Psicologia da fé e A imitação de Cristo. É quando escreve o Confíteor, livro de memórias, a narrativa de sua conversão, que ficou inacabado.<br />
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Nota: Na biografia da Academia Brasileira de Letras há um equívoco: deveria constar P. de O. Setúbal (Paulo de Oliveira Setúbal) e não P. S. de Oliveira.</div>
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Rubens Oficialhttp://www.blogger.com/profile/13706515017729822889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1908007186278463166.post-15819236382667653902014-09-15T20:22:00.001-07:002014-09-15T20:22:54.876-07:00Os Setúbal, de Tatuí<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfx1IpYpBF4xc6oBHVoSQjTSA_WzLqMpyzGLw6Hb2l0k9LxfYop7xChjg6-yf10Sq_MYrIHqooxCb8KQlquD_gPmAjwAw37l1lG5C8cTbS97GD0SuIozw5iyjsRQzApgpSAmn8botENK0/s1600/PAULO+SET%C3%9ABAL+E+FAMILIARES.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfx1IpYpBF4xc6oBHVoSQjTSA_WzLqMpyzGLw6Hb2l0k9LxfYop7xChjg6-yf10Sq_MYrIHqooxCb8KQlquD_gPmAjwAw37l1lG5C8cTbS97GD0SuIozw5iyjsRQzApgpSAmn8botENK0/s1600/PAULO+SET%C3%9ABAL+E+FAMILIARES.jpg" /></a></div>
Escrito por José Maria dos Santos<br />
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Foto: Paulo (no alto), Olavo, Roberto e Maria Alice Setúbal. / Reprodução<br />
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<a href="http://www.dcomercio.com.br/2014/09/11/os-setubal-de-tatui">DIÁRIO DO COMÉRCIO</a> - As comemorações de 90 anos do Grupo Itaú estão fazendo emergir a figura do escritor Paulo Setúbal (1893-1937). Na sua cidade, Tatuí, a 131 km da Capital, ele mereceu um museu ao qual emprestou o nome, que guarda, entre outros pertences pessoais, o seu fardão de imortal da Academia Brasileira de Letras. Os cerca de 5 mil visitantes mensais à casa mostram que Paulo não foi esquecido. No entanto, com certeza, é bem menos conhecido do que seu filho, Olavo Setúbal (1923- 2008), prefeito de São Paulo (1975-79) e ex-chanceler, mas, sobretudo, respeitado por haver dirigido e expandido às alturas o Grupo Itaú.<br />
<br />
Paulo é um escritor de várias facetas, mas se destacou particularmente nos romances históricos. A Marquesa de Santos e As maluquices do Imperador que narram saborosamente as aventuras pessoais e políticas de Dom Pedro I. E aqui é justo destacar a sensibilidade do escritor em deitar luzes sobre essa curiosa personagem que gostava de tocar bombardino e que, disfarçado, ia praticar sua música em ronda noturna pelos botequins do Rio de Janeiro. Esses livros abriram espaço no Brasil para esse seguimento contemporâneo da historiografia que trata da história do cotidiano, bem representado pelo jornalista Laurentino Gomes. Graças a ele, figuras como Chalaça, assessor para assuntos femininos e boêmios do imperador ou a própria marquesa, Domitila de Castro, deixaram o anonimato para se transformar até em bons filmes.<br />
<br />
O Grupo Itaú – que possui duas agências em Tatuí – poucas relações tem com a cidade. Porém, a família Setúbal se faz presente. É ela que patrocina a Semana Paulo Setúbal, iniciada a cada ano em 11 de agosto, com programação variada e concurso literário. "Eles sempre têm contato com Tatuí", informa Jorge Rizek, 63 anos, diretor-cultural da Prefeitura e responsável pelas atividades da Semana. A propósito, Olavo teve sete filhos com Tide Setúbal, dos quais se destacam dois pelo protagonismo: Roberto, atual dirigente do grupo e a educadora Maria Alice, a Neca, que está bem falada no momento por ser coordenadora do programa de governo de Marina Silva.</div>
Rubens Oficialhttp://www.blogger.com/profile/13706515017729822889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1908007186278463166.post-57790973212774752862014-08-11T20:04:00.000-07:002014-08-11T20:04:02.072-07:00Museu Paulo Setúbal (Tatuí/SP)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<a href="http://www.museupaulosetubal.org.br/">http://www.museupaulosetubal.org.br/</a></div>
Rubens Oficialhttp://www.blogger.com/profile/13706515017729822889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1908007186278463166.post-61512126282548697102014-08-10T20:07:00.000-07:002014-08-11T20:09:06.286-07:00PAULO SETÚBAL<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<a href="http://www.paulosetubal.edu.br/opoeta.php">FACULDADE PAULO SETÚBAL</a><br />
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Nasceu em Tatuí, no dia 1º de janeiro de 1893. Filho de Antonio de Oliveira Leite Setúbal e Tereza Nobre Setúbal. Iniciou os estudos na escola particular de Chico Pereira em Tatuí, onde depois frequentou o grupo escolar.<br />
<br />
Ingressou depois na Faculdade de Direito de São Paulo, bacharelando-se em 1914. Segundo-anista de Direito, começou a trabalhar na imprensa, como revisor do jornal “A Tarde”, que veio a publicar com destaque, uma de suas poesias. Reuniu os amigos num bar para comemorar o acontecimento. No dia seguinte, amanheceu doente. Chamado o médico, este verificou que o caso era grave. Teve de procurar repouso em Tatuí, indo, posteriormente, para Campos do Jordão. Quando da gripe espanhola, foi acometido de nova crise, desta vez mais séria. O organismo, porém reagiu, e ele pode entregar-se às letras, seguindo sua vocação de poeta e historiador.<br />
<br />
Escritor desde os primeiros tempos de estudante, colaborou em quase todos os jornais e revistas literárias da época, de São Paulo e do Rio de Janeiro. Escrevia notadamente para a revista paulistana “A Cigarra”. Entre os jornais que contaram com sua colaboração mais assídua, figuram o “Diário Popular”, o “Estado de São Paulo” e o “Jornal do Comércio”. Seu livro de estréia foi “Alma Cabocla”, lançado em 1920. Em 22 de junho de 1922, casou-se com Francisca de Souza Aranha, filha do Senador Olavo Egydio Aranha, com quem teve três filhos: Olavo Egydio (ex-prefeito de São Paulo), Maria Vicentina e Terezinha. O casamento aumentou-lhe a segurança e a prosperidade. Sua esposa foi, além de companheira num lar feliz, a inspiradora, a secretária, a revisora de suas obras, de quem passou a ser, sempre, a primeira leitora, a crítica, a confidente.<br />
<br />
De posse do diploma de bacharel em Direito, exerceu, por algum tempo, o cargo de Promotor Público da Capital, que, logo a seguir, trocou pelo de advogado, tendo trabalhado no fôro paulista até 24 de fevereiro de 1928, quando foi eleito deputado estadual. Reeleito na legislatura subseqüente, acabou abandonando inteiramente a política, para consagrar-se somente à literatura. Dedicou-se a partir deste instante de sua vida literária à romanceação dos episódios mais interessantes da história do Brasil. O livro “A Marquesa de Santos” marca o ponto de partida de romances e ensaios dessa natureza. Registra a história que esse romance alcançou a tiragem de 50 mil exemplares, transpondo fronteiras e sendo traduzido para o francês, o árabe, o inglês, o russo, o croata, etc. “O Príncipe de Nassau”, que apareceu mais tarde, teve, também, sucessivas tiragens, sendo vertido para a língua holandesa. Paulo Setúbal fez várias viagens á Europa.<br />
<br />
Em 1937, ano que publicou “Confiteor” (grande parte escrito em São José dos Campos), seu estado de saúde piorou muito, irremediavelmente. Paulo Setúbal era membro da Academia Brasileira de Letras (eleito em 1934, para a vaga deixada por João Ribeiro, foi recebido em 27 de julho de 1935, pelo acadêmico Alcântara Machado.), da Academia Paulista de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, do Instituto Histórico e Geográfico de Ouro Preto, do Instituto Histórico e Arqueológico de Pernambuco, etc. Paulo Setúbal faleceu, em São Paulo, em 04 de maio de 1937.<br />
<br />
Deixou várias obras: Alma Cabocla, A Marquesa de Santos, O Príncipe de Nassau, A Bandeira de Fernão Dias, As Maluquices do Imperador, Nos Bastidores da História, O Ouro de Cuiabá, Os Irmãos Leme, El-Dorado, O Romance da Prata, O Sonho das Esmeraldas, Ensaios Históricos e Confiteor.</div>
Rubens Oficialhttp://www.blogger.com/profile/13706515017729822889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1908007186278463166.post-54341539089432815592014-07-30T19:29:00.000-07:002014-07-30T19:29:00.588-07:00As Maluquices do Imperador<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIWuk8VI78TSWUBrKTCckZwqV-NUoaebDBaN97ANCVFkr4brijrPqVBZwiNCwUkvSEneKw9oLKkp-0nyLN6inlXTRNqmdxi-GhfKWnXsYxItDfFSyEX_BTfbHZSFSAfIGlZGo4YxbrfO8/s1600/SETUBAL-IMPERADOR-CAPA-sh.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIWuk8VI78TSWUBrKTCckZwqV-NUoaebDBaN97ANCVFkr4brijrPqVBZwiNCwUkvSEneKw9oLKkp-0nyLN6inlXTRNqmdxi-GhfKWnXsYxItDfFSyEX_BTfbHZSFSAfIGlZGo4YxbrfO8/s1600/SETUBAL-IMPERADOR-CAPA-sh.jpg" height="320" width="225" /></a></div>
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Rubens Oficialhttp://www.blogger.com/profile/13706515017729822889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1908007186278463166.post-89465598646303377672014-07-29T19:29:00.000-07:002014-07-29T19:29:00.116-07:00Os Irmãos Leme<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOHVi41L2YHk_eiokdkPLdoV476mxo__YVNKV3JCjxthjppEdzmq_AIus7KaiHsG_vPMDw63MD_e7FNGPshzYh5a5AzePlRwH0tNQrLqr3CEQiwZX380vf0Zn9kFT0zXGxqVd2Cp4d_cc/s1600/paulo_setubal-os_irmaos_leme.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOHVi41L2YHk_eiokdkPLdoV476mxo__YVNKV3JCjxthjppEdzmq_AIus7KaiHsG_vPMDw63MD_e7FNGPshzYh5a5AzePlRwH0tNQrLqr3CEQiwZX380vf0Zn9kFT0zXGxqVd2Cp4d_cc/s1600/paulo_setubal-os_irmaos_leme.jpg" /></a></div>
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Rubens Oficialhttp://www.blogger.com/profile/13706515017729822889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1908007186278463166.post-89739131502555270202014-07-28T19:30:00.000-07:002014-07-28T19:30:00.303-07:00Os Irmãos Leme<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyXMTCzNidD3dQP1gFrYMuxvIdIL7LrSHB7sIxnCzSw728gQe4Vy8YPy0n3Pm-mtAPTioQH0-BUXmtf6dF7HVTadWDldDINLwXEX_zwTiUsUa_Eot1jnCCYZm53-Ma_VA5nQ14_tvrrWg/s1600/os+irm%C3%A3os+leme+capa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyXMTCzNidD3dQP1gFrYMuxvIdIL7LrSHB7sIxnCzSw728gQe4Vy8YPy0n3Pm-mtAPTioQH0-BUXmtf6dF7HVTadWDldDINLwXEX_zwTiUsUa_Eot1jnCCYZm53-Ma_VA5nQ14_tvrrWg/s1600/os+irm%C3%A3os+leme+capa.jpg" /></a></div>
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Rubens Oficialhttp://www.blogger.com/profile/13706515017729822889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1908007186278463166.post-52658971709052573922014-07-27T19:32:00.000-07:002014-07-27T19:32:00.113-07:00Alma Cabocla<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtPoMHEJQ9_6EymFN8EFzWgzluP-NmPmffCH-MH6Q7ikTDiUv6lLs9yH8o2kU6lWv7PV-P8g2g1F0b1FArQQq_zlHw2HaUuHDowrO5NlRXy0AV72kHd4UVImPjCdETrtVPsNhRoVeMjLw/s1600/alma+cabocla+capa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtPoMHEJQ9_6EymFN8EFzWgzluP-NmPmffCH-MH6Q7ikTDiUv6lLs9yH8o2kU6lWv7PV-P8g2g1F0b1FArQQq_zlHw2HaUuHDowrO5NlRXy0AV72kHd4UVImPjCdETrtVPsNhRoVeMjLw/s1600/alma+cabocla+capa.jpg" /></a></div>
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Rubens Oficialhttp://www.blogger.com/profile/13706515017729822889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1908007186278463166.post-30029873049535379872014-07-26T19:33:00.000-07:002014-07-26T19:33:00.716-07:00As Maluquices do Imperador<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj78e-vr1C5KRuV6WMBbv__yikhR-nk-LvLI1_ePFCCMmTN0mZqRHRV519hyHqmtSnKDoGAPc4zbVyudVVKrDiK0AiSFrI0DNHdQkHG4nT4PWNFD22_AP7EbjwCHaUstgLoFyWpVEloK9M/s1600/as+maluquices+do+imperador,+capa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj78e-vr1C5KRuV6WMBbv__yikhR-nk-LvLI1_ePFCCMmTN0mZqRHRV519hyHqmtSnKDoGAPc4zbVyudVVKrDiK0AiSFrI0DNHdQkHG4nT4PWNFD22_AP7EbjwCHaUstgLoFyWpVEloK9M/s1600/as+maluquices+do+imperador,+capa.jpg" height="320" width="215" /></a></div>
<br /></div>
Rubens Oficialhttp://www.blogger.com/profile/13706515017729822889noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1908007186278463166.post-78317069622882256672014-07-25T19:36:00.000-07:002014-07-25T19:36:00.537-07:00O Romance da Prata<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAifgo-vBoIHCNx50DO-hvuUjOKFWXQAwZPtsvZMkMMMWcRUVDaKRIBYQAcgBEYAA5jSOBSGIRd515TyACJF98arU0DWwjgOEcw-gFWl0poSq_5Ur92RAOSkyE9bYDGIC0jxLxE65JP0M/s1600/o+romance+da+prata+capa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAifgo-vBoIHCNx50DO-hvuUjOKFWXQAwZPtsvZMkMMMWcRUVDaKRIBYQAcgBEYAA5jSOBSGIRd515TyACJF98arU0DWwjgOEcw-gFWl0poSq_5Ur92RAOSkyE9bYDGIC0jxLxE65JP0M/s1600/o+romance+da+prata+capa.jpg" /></a></div>
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