quarta-feira, 12 de março de 2025

Marquesa é o tema do ‘Encontros Culturais’

Vida da figura histórica foi tema de livros, documentários, filmes e peças teatrais

Do Cruzeiro do Sul com edição do BPS

Domitila de Castro tem sua história ligada também a Sorocaba (Crédito: REPRODUÇÃO)

11/03/2025 |  O projeto “Encontros Culturais” tem como tema, nesta quinta-feira (13), a Marquesa de Santos, das 14h às 16h, no Gabinete de Leitura Sorocabano.

As reuniões das quintas-feiras sempre mostram temas ligados à História, Mitologia, Artes e Folclore, sob a coordenação do pesquisador José Rubens Incao, que apresenta os temas por meio de bate papo, apostilas e exibição de vídeos e músicas, buscando despertar o interesse dos participantes.

Domitila de Castro Canto e Mello , a Marquesa de Santos, nasceu na cidade de São Paulo em 1797. Filha do coronel reformado, João de Castro Canto e Melo, casou-se com o alferes Felício Coelho Pinto de Mendonça, com o qual teve três filhos. A separação do casal, no entanto, ocorreu em 1819 e o casamento foi anulado.

Em agosto de 1822, pouco antes da proclamação da independência, Pedro I, então regente do reino, realizou uma viagem a São Paulo e, na ocasião, conheceu Domitila. Levou-a para a corte, onde Domitila viveu por sete anos. A favorita residiu até 1829 junto ao paço de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, num palacete que o imperador lhe deu de presente, adaptado e decorado pelo artista Francisco Pedro do Amaral.

Introduzida na corte como primeira dama da imperatriz, Domitila recebeu o título de viscondessa de Santos em 1825 e foi elevada à marquesa no ano seguinte. Teve quatro filhos da ligação com D. Pedro I. Em 1829, a marquesa e o imperador romperam o relacionamento e ela voltou para São Paulo, passando a viver com o Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, um dos homens mais ricos da região e destacado político liberal, com quem teve seis filhos.

Em Sorocaba

Foi em Sorocaba, em 1842, durante a Revolução Liberal, que Domitila e Rafael Tobias se casaram oficialmente. Quando da chegada de Caxias, Brigadeiro Tobias partiu para o Sul e Domitila se abrigou no Convento de Santa Clara, voltando para São Paulo tempos depois. Após a morte do Brigadeiro Tobias, a Marquesa de Santos se dedicou ao auxílio a estudantes e necessitados, com doações e amparo que ainda hoje se fazem presentes. A sua residência no Centro de São Paulo se transformou em um centro cultural de memória paulistana. Faleceu em 1867, sendo sepultada no Cemitério da Consolação, cujo túmulo é um dos mais visitados do local.

A sua vida foi tema de livros, documentários, filmes e peças teatrais, com destaque para a obra “A Marquesa de Santos”, de Paulo Setúbal, publicada em 1925, pela editora Monteiro Lobato, atingindo sucesso editorial. A escritora Isabel Laureano Lopes, residente em Sorocaba, também publicou uma biografia da Marquesa, com o título “Rainha Sem Trono”. Atualmente, a mais completa biografia da Marquesa de Santos deve-se ao historiador Paulo Rezzutti.

Os Encontros Culturais acontecem todas as quintas feiras, das 14h às 16h e são gratuitos e abertos a todos os interessados. (Da Redação, com informações do Encontros Culturais)

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